As federações que representam a indústria, o comércio e a agricultura do Rio Grande do Sul apresentaram nesta sexta-feira (27) um manifesto ao governador Eduardo Leite (PSD) solicitando a adoção imediata de medidas para o desassoreamento de rios e canais do estado, além da construção e manutenção de obras de contenção. O documento foi assinado pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Claudio Affonso Amoretti Bier; pelo presidente da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), Luiz Carlos Bohn; e pelo presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Silveira Pereira.
No texto, as entidades afirmam que o assoreamento já comprometia a navegação e a segurança hídrica antes mesmo das enchentes de 2024 e que o acúmulo de sedimentos reduziu ainda mais a vazão dos rios, dificultando o escoamento das águas. “Reparar a capacidade dos rios de cumprir sua função mais básica — transportar água — é urgente. É também estratégico: a economia do Rio Grande do Sul precisa de rios navegáveis, rios vivos, rios desobstruídos”, apontam os signatários.
O manifesto defende que o desassoreamento seja transformado em política pública permanente, com planos técnicos regionais, participação comunitária e prioridade para construção e manutenção de diques e demais estruturas de contenção. As federações solicitam que os processos de contratação das empresas responsáveis pelo trabalho sejam acelerados, já que, segundo o documento, as projeções atuais indicam que as obras só teriam início dois anos após as enchentes. “Não estamos falando apenas de dragar rios. Estamos falando de garantir o futuro do nosso estado. De proteger vidas. De manter o Rio Grande do Sul navegável, produtivo e resiliente”, finaliza o manifesto.