A compostagem tem se consolidado como alternativa para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e minimizar impactos ambientais causados pelo descarte inadequado de resíduos orgânicos. No Vale do Rio dos Sinos, a empresa Virando a Terra, única da região licenciada para essa atividade, busca dobrar sua capacidade de processamento de resíduos até 2025, passando das atuais 15 toneladas por mês para 30 toneladas.
Segundo a engenheira ambiental Eduarda Jaeger, sócia-proprietária da Virando a Terra, cada pessoa gera em média 1 kg de resíduos por dia, sendo metade de origem orgânica. “Esse tipo de matéria, quando destinada aos aterros sanitários, gera gases de efeito estufa, que contribuem significativamente para o aquecimento global, resultando também nos ciclos de cheias e de estiagem”, afirmou Eduarda. Quando compostado, esse material se transforma em adubo, enriquecendo a terra e auxiliando na produção de alimentos.
A compostagem pode ser realizada de diversas formas, como em caixas, pilhas ou sistemas de leiras. A Virando a Terra utiliza o método de leiras estáticas, que conta com controle de temperatura e oxigenação para garantir a decomposição correta da matéria orgânica.
Modelo de operação
A empresa oferece planos de assinatura para restaurantes, bares, escritórios, escolas, residências e organizações com refeitórios industriais. Os clientes recebem bombonas e baldes para o descarte de resíduos, que são coletados e transportados para compostagem. O adubo produzido é distribuído gratuitamente para hortas comunitárias.
Desde sua fundação, a empresa já transformou 180 toneladas de resíduos orgânicos em adubo. O objetivo, segundo Eduarda Jaeger, é seguir ampliando a iniciativa, incentivando a separação correta dos resíduos e reduzindo o volume de materiais enviados para aterros sanitários.