Desafios do Brasil em ano eleitoral pautam Giro pelo Rio Grande

Por Jonathan da Silva

Com o tema “Desafios do Brasil em um ano eleitoral”, a segunda edição do evento Giro pelo Rio Grande 2024 foi promovida nesta terça-feira (23) pela Fecomércio-RS. O encontro, que ocorreu no Teatro Municipal de Rivera, reuniu cerca de 400 pessoas. Os painelistas foram o consultor econômico Marcelo Portugal, o economista e ex-ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e o cientista político Fernando Schuler. A mediação foi do economista e gerente de Relações Governamentais da federação, Lucas Schifino.

Na abertura do evento, o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, destacou a importância de debater os rumos que o país e o estado podem tomar diante do processo eleitoral e lembrou da atuação da federação durante a catástrofe climática que aconteceu no estado. “Trabalhamos muito focados em propor, analisar e demandar ao poder público medidas de auxílio às empresas que tiveram prejuízos com as enchentes. Seguimos neste trabalho, mas precisamos retomar nossas atividades e voltar a pensar em nosso futuro como país”, pontuou Bohn, destacando também o empenho da entidade por medidas que permitam, além de ganhos de produtividade para as empresas, a limitação dos gastos do governo.

Debate econômico foi destaque entre os desafios do país

Os painelistas do evento apontaram em suas falas os desafios econômicos e políticos que estão sendo enfrentados no país. Portugal iniciou o painel apresentando uma história fiscal do Brasil na última década e dando o tom da conversa. “Nosso principal desafio é fiscal, é ser capaz de financiar políticas públicas”, declarou o consultor econômico.

Sachsida apontou resultados na economia decorrentes de reformas realizadas em governos anteriores, como trabalhista, previdenciária e a autonomia do Banco Central, entre outras. “O Brasil teve seis anos de muitas reformas, não só do lado fiscal, mas da produtividade. São mudanças no ‘subterrâneo’, que pouca gente vê”, afirmou o ex-ministro, prevendo um segundo semestre mais difícil para a economia.

Último painelista com a palavra, Schüler também elogiou a série de reformas que o país passou entre 2016 e 2022, mas apontou que a polarização política traz desafios ao debate econômico. “A política se descolou da economia, e isso é um problema”, avaliou o cientista político.

Após suas apresentações, os convidados responderam a perguntas da plateia.

Giro pelo Rio Grande em Novo Hamburgo

A terceira edição do evento que coloca em debate os rumos do país está marcada para o dia 6 de agosto, em Novo Hamburgo, com a presença dos painelistas Adolfo Sachsida e Fernando Schüler. As inscrições podem ser realizadas pela internet.

Os painelistas

Adolfo Sachsida

Adolfo Sachsida possui doutorado em Economia pela Universidade de Brasília (2000) e pós-doutorado na Universidade do Alabama (2005). Também é advogado. Foi ministro de Minas e Energia durante o governo Jair Bolsonaro (PL), de maio a dezembro de 2022, e secretário de Política Econômica, no Ministério da Economia, entre janeiro de 2019 e abril de 2022. Tem experiência nas áreas de macroeconomia, política econômica, política energética e política mineral.

Fernando Schüler

Fernando Schüler é Doutor em Filosofia e Mestre em Ciências Políticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com Pós-Doutorado pela Universidade de Columbia, em Nova Iorque. É professor e pesquisador no Insper. É especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) e Especialista em Gestão Cultural e Cooperação Ibero-americana pela Universidade de Barcelona (UB). Foi secretário de Estado da Justiça e do Desenvolvimento Social do Rio Grande do Sul, Diretor Geral do Ibmec, no Rio de Janeiro, e Diretor da Fundação Iberê Camargo. É colunista da Revista Veja, do Grupo Bandeirantes de Comunicação e criador e curador do Projeto Fronteiras do Pensamento.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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