Tabaco lidera alta da agropecuária no PIB brasileiro no primeiro trimestre

Por Jonathan da Silva

O tabaco foi o produto agrícola com maior crescimento no Brasil no primeiro trimestre de 2025, registrando alta de 25,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados foram apresentados no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no final de maio.

Segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,4% na comparação com o último trimestre de 2024, resultado impulsionado principalmente pela agropecuária, que avançou 12,2%. Além do tabaco, outros produtos que apresentaram crescimento foram a soja (13,3%), o arroz (12%) e o milho (11,8%).

De acordo com estimativas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o agronegócio representa cerca de 6% do PIB nacional considerando apenas a produção, percentual que sobe para 23% quando se incluem indústria, comércio e serviços associados.

Produção e exportações

O presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Valmor Thesing, atribui o resultado ao desempenho organizado do setor. “O Brasil é líder global na exportação de tabaco há mais de três décadas e ocupa a segunda posição entre os maiores produtores mundiais, atrás apenas da China”, afirmou Thesing.

O Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT), que reúne indústrias e produtores, contribui para a regularidade no fornecimento e qualidade do produto. “O SIPT permite o planejamento das safras e oferece assistência técnica e financeira aos agricultores, garantindo regularidade no fornecimento e a qualidade da matéria-prima”, explicou o presidente do sindicato.

Mais de 600 mil postos de emprego

Atualmente, a cadeia produtiva do tabaco emprega 626 mil pessoas no meio rural e exporta para mais de 100 países. Até o final de maio deste ano, os embarques brasileiros acumularam US$ 1,1 bilhão em negócios. A previsão da consultoria Deloitte é encerrar 2025 com mais de US$ 3 bilhões em exportações, crescimento estimado entre 10% e 15% em relação a 2024.

Foto: Banco de imagens/SindiTabaco/Divulgação | Fonte: Assessoria
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