Professoras de Novo Hamburgo são finalistas do Prêmio Educador Nota 10

Por Ester Ellwanger

O Prêmio Educador Nota 10, maior e mais importante prêmio da Educação Básica Brasileira, já tem seus 50 finalistas. Revelada no dia 8 de fevereiro, a lista conta com trabalhos pedagógicos de educadores de 14 estados. Entre eles estão Cristiele Borges dos Santos, professora de Educação Infantil (2 a 3 anos) na EMEI Joaninha; e Neuza Terezinha Gessler, professora de Educação Infantil (2 a 3 anos) na EMEI Beija Flor. Ambas são de Novo Hamburgo (RS) e seguem na busca por uma vaga entre os dez vencedores da 24ª edição do prêmio e pela chance de disputar o título de Educador do Ano.

Para a secretária municipal de Educação, Maristela Guasselli, a premiação mais uma vez evidencia a qualidade da rede municipal de ensino. “Temos um quadro de professores muito engajados e comprometidos. Além do projeto pedagógico desenvolvido na rede, há iniciativas dos educadores que potencializam a experiência da aprendizagem de nossas crianças”, destaca, lembrando o trabalho que vem sendo realizado neste tempo de pandemia.

Maristela cita ações como o programa #Vempraescola, que traz novamente a criança e a família para o ambiente escolar, e a avaliação que apontou as principais dificuldades dos alunos a partir da pandemia. Além disso, o uso de ferramentas tecnológicas, incentivado antes mesmo da pandemia, foi intensificado, com chromebooks para professores e alunos, smartboards em salas de aula e plataformas virtuais de leitura e acompanhamento dos alunos é realidade no município, além de ampla oferta de formação aos professores.

 

Os Projetos

A Voz das Crianças

Quem lida diariamente com crianças pequenas sabe que desenvolver um bom trabalho inteiramente à distância, durante a pandemia, foi um desafio enorme. Mas o projeto vencedor da professora Cristiele conseguiu uma comunicação que fez sentido e foi respeitosa com a faixa etária de 2 anos na escola Joaninha, de Canudos. De março de 2020 até janeiro de 2021, sua turma acompanhou o crescimento da batata doce, o que possibilitou integrar conhecimento científico, cuidado com as plantas e registros, em especial o desenho.

Como a maioria das famílias só tinha o celular, as conversas e atividades aconteciam de forma individual, em duplas ou trios. O WhatsApp permitiu divulgar imagens e áudios, revelando que a linguagem oral das crianças deu um salto no período. O projeto destacou as especificidades da educação infantil, que envolve compreender como as crianças pensam, constroem conhecimento e se comunicam.

Diário de Memórias 

Já na Beija Flor, do bairro Kephas, a confecção de um diário de memórias durante a pandemia foi a maneira que a professora Neuza encontrou de aproximar escola e família. Com fotos e outros registros de experiências familiares, o livro, inspirado no artista Frans Krajcberg, foi construído com materiais reciclados, folhas secas, flores desidratadas, fitas, botões e restos de tecidos e teve objetivo de estreitar os laços entre as crianças e seus pais ou cuidadores.

Passados alguns meses, em que o ensino remoto se tornou híbrido e depois voltou a ser presencial, os ganhos foram aparecendo: as famílias passaram a valorizar a escola e as crianças, de 2 a 3 anos, foram mais escutadas, o que as fez desenvolver sua linguagem oral, registrada em vídeos pela professora. Formada em pedagogia após os 50 anos, Neuza é uma profissional entusiasmada e estudiosa que se tornou referência entre as colegas. De maneira muito apropriada, também escreve mini-histórias – relatos do que acontece na rotina da educação infantil – de sua turma.

 

Outras iniciativas

Entre os projetos selecionados, 7 são de Língua Portuguesa, 7 de Geografia, 4 de Matemática, quatro focados no aprendizado de crianças bem pequenas e mais quatro destinados a crianças entre 4 e 5 anos. História, Ciências da Natureza, Educação Física, Artes, Coordenação Pedagógica e práticas com Educação Especial tiveram 3 trabalhos cada. Completam a lista, dois projetos de Língua Estrangeira, dois destinados à Gestão Escolar, além de um para Biologia e um outro focado em Química.

Por ciclo educacional, são 22 aplicados no Ensino Fundamental – somados anos iniciais e finais –, 10 no Ensino Médio e 9 na Educação Infantil. Há ainda 5 trabalhos de Gestão Escolar e 4 focados na Educação Especial. A região do país com maior representatividade entre os finalistas é a Sudeste, seguida pela Sul, Nordeste, Norte e Centro-Oeste.

Reconhecimento e premiação

O reconhecimento e a valorização desses profissionais se dão por meio da divulgação na mídia, redes sociais e um certificado de participação a cada um dos 50 finalistas. Eles também aguardam com ansiedade a seleção dos 10 vencedores, que serão anunciados ainda em fevereiro, por meio das redes sociais da Fundação Victor Civita, do Prêmio Educador Nota 10 e de seus parceiros: Abril, Globo, Fundação Roberto Marinho, Somos Educação, BDO Brasil, Nova Escola, Instituto Rodrigo Mendes e Unicef.

Os 10 vencedores selecionados ganham um vale-presente no valor de R$ 15 mil, além de uma assinatura digital da Nova Escola. Os dez Educadores Nota 10 concorrem, ainda, ao prêmio Educador do Ano. O grande vencedor recebe mais R$ 15 mil de vale presente, totalizando uma premiação de R$ 30 mil. O Educador do Ano será conhecido em evento que será realizado em data a ser definida.

 

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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