Índice de Confiança do Empresário Industrial Gaúcho cai em julho

Por Jonathan da Silva

O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS) diminuiu 0,7 ponto entre junho e julho, caindo de 46,9 para 46,2. O resultado da pesquisa foi divulgado nesta segunda-feira pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). O levantamento varia de zero a cem pontos, com pontuação abaixo de 50 sendo considerada falta de confiança.

Para o presidente da Fiergs, Claudio Bier a percepção dos empresários gaúchos com a economia brasileira piorou, tanto com relação à situação atual quanto a respeito das expectativas. “Isso se deve a novos fatores restritivos à atividade industrial, como o fim do ciclo de redução dos juros e a instabilidade da taxa de câmbio, o que aumenta os já elevados níveis de incertezas decorrentes dos problemas fiscais”, destaca Bier, que também afirma que no cenário estadual tem sido evidente a demora na chegada de recursos e medidas essenciais para a retomada e, até o momento, as providências adotadas têm se mostrado insuficientes em diversas frentes cruciais, como a trabalhista, a tributária e a de crédito.

Já o Índice de Condições Atuais, após quatro baixas seguidas, avançou ligeiramente de 40,6, em junho, para 40,9 pontos, em julho, mas permanece abaixo dos 50 pontos. O Índice de Condições da Economia Brasileira, componente com a avaliação mais negativa, caiu de 38,2 para 36 pontos no período e registrou o menor valor em 14 meses. Em março de 2024, 39,5% das empresas viam piora da economia nacional e, em julho, tal avaliação chegou a 53,1% (eram 47,9% em junho).

A economia gaúcha está em condições mais desfavoráveis que a nacional, mas o índice que a mede, e não participa da composição do ICEI-RS, subiu 3,5 pontos, para 28,2, com 73,5% das empresas avaliando as condições locais de forma negativa. Já no Índice de Condições Atuais, houve crescimento de 1,6 ponto de junho para julho,chegando a 43,4 pontos, mas também abaixo dos 50.

Expectativas

Em relação ao Índice de Expectativas para os próximos seis meses, houve retorno ao campo negativo no panorama econômico doméstico, com recuo para 48,9 pontos. Em junho, o resultado foi de 50 pontos. O Índice de Expectativas da Economia Brasileira teve maior queda, de 4,7 em relação a junho, chegando 39,4 pontos, o menor patamar desde janeiro de 2023, quando atingiu 38 pontos. A pontuação refletiu a grande diferença entre a proporção de empresários pessimistas, 43,2% do total (eram 33,3% em junho), ante a de otimistas, 7,4% (eram 10,4% no mês passado). O restante, 49,4%, não espera mudança no cenário econômico no segundo semestre.

O Índice de Expectativas da Economia Gaúcha, por sua vez, cresceu pelo segundo mês consecutivo, chegando a 39,9 pontos em julho. Por fim, o Índice de Expectativas das Empresas marcou 53,7. Como vem ocorrendo nos últimos levantamentos, foi o único componente da confiança a obter resultado positivo.

O levantamento completo pode ser conferido no Observatório da Indústria do Rio Grande do Sul por meio do link observatoriodaindustriars.org.br.

Foto: Anamul Rezwan/Divulgação | Fonte: Assessoria
Publicidade

Você também pode gostar

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.