Dispositivo eletrônico para fumar, incluindo os cigarros eletrônicos, são proibidos desde 2009 no Brasil. A restrição inclui a comercialização, a importação e a propaganda do aparato. No entanto, o Governo Federal usou o dispositivo em sua peça publicitária para o Dia Mundial Sem Tabaco.
A campanha tinha como objetivo atacar a fumicultura. Defensor do setor fumageiro, o deputado estadual Marcus Vinícius de Almeida (PP), encaminhou ofício à Casa Civil, em Brasília. Endereçado do Ministro Rui Costa (PT), o documento ressalta que o material utilizado na peça publicitária é fruto da ilegalidade. “O material foi pago com dinheiro público e se utiliza de um dispositivo ilegal, que, certamente, foi contrabandeado”, afirmou.
O parlamentar, que em maio instalou a Subcomissão em Defesa do Setor Produtivo do Tabaco na Assembleia Legislativa, lembra das recentes ações do Governo Federal contra o setor. “Recentemente, uma matéria no site oficial do governo afirmando, de forma inverídica, que o tabaco destrói a renda das famílias, agora uma campanha desprezível e criminosa. O produtor precisa ter voz, e, acima de tudo, respeito”, rechaçou.