A Universidade Feevale e a Secretaria Municipal de Educação de Novo Hamburgo realizaram, nesta segunda-feira (14), uma reunião no Câmpus II da instituição para discutir os resultados do convênio Educação Antidiscriminatória e planejar as ações previstas para 2025. O encontro contou com a presença da secretária municipal de Educação, Simone Schneider; do reitor da Universidade Feevale, José Paulo da Rosa; do pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão, Fernando Spilki; da pró-reitora de Ensino, Maria Cristina Bohnenberger; da coordenadora do grupo de pesquisa Criança na Mídia, professora Saraí Schmidt; e da consultora de desenvolvimento de projetos educacionais, Janine Vieira.
Firmado em 2021, o convênio tem como objetivo oferecer subsídios para a construção coletiva de uma educação pública antidiscriminatória em Novo Hamburgo. As ações tiveram início durante a pandemia, com formações online, e prosseguiram presencialmente com capacitações docentes e produção de materiais pedagógicos. As atividades são realizadas por pesquisadores dos Programas de Pós-Graduação em Processos e Manifestações Culturais e Diversidade Cultural e Inclusão Social da Feevale, com apoio do projeto de extensão Cidade Viva: crítica midiática como ato comunicacional antidiscriminatório.
O reitor José Paulo da Rosa destacou a importância de manter o compromisso com a continuidade do programa. “É essencial olharmos para os próximos passos com responsabilidade e compromisso. Por isso, este é também um momento de escuta e de construção, para que possamos fazer os encaminhamentos necessários, com base nas demandas reais do município”, afirmou da Rosa.
Formações e campanhas educativas estão entre as propostas para 2025
Entre as propostas previstas para o próximo ano está a formação docente “Os perigos dos silêncios no território escolar: limites e possibilidades da Educação Antidiscriminatória”. Também devem ser mantidas a integração com o projeto Cidade Viva, a campanha antirracismo Cadê a Minha Rua? e a campanha Criança não é propriedade, é responsabilidade.
A coordenadora do grupo Criança na Mídia, professora Saraí Schmidt, destacou os impactos da discriminação na aprendizagem dos estudantes. “É preciso humanizar os dados e potencializar um processo de mudança no ambiente escolar para promover a diversidade. Nosso convênio envolve ações específicas e pontuais que visam a mudança de comportamento. A proposta deste acordo de cooperação é o desenvolvimento de um programa sem custos para os cofres públicos e significativo impacto social promovendo a aprendizagem”, explicou a docente.
Segundo Saraí, os resultados apontam que as formações realizadas com a rede pública foram relevantes para fomentar novas práticas e reflexões dentro das escolas e nas comunidades. Entre os destaques está a atuação dos pesquisadores do grupo Criança na Mídia na formação da coordenação pedagógica das escolas de educação infantil e ensino fundamental, abordando temas como racismo, homofobia, violências e cultura do sucesso, com uma abordagem interseccional.
Também foi citada a realização do curso intersetorial Violências em Pauta, que teve duas edições e envolveu profissionais das áreas de Educação, Saúde e Segurança, com foco na articulação em rede no território escolar.