Estudo que RS tem mais de 7,3 mil consumidores que podem migrar para o mercado livre de energia

Por Ester Ellwanger

Um estudo inédito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE revelou que no Rio Grande do Sul existem mais de 7,3 mil Unidades Consumidoras (UCs) que já poderiam fazer parte do mercado livre de energia e ter um fornecimento potencialmente mais barato e mais adequado às suas necessidades individuais.

Os consumidores identificados pela Câmara são empresas de grande e médio porte, como indústrias, shoppings ou redes de supermercados que, sozinhos ou em comunhão, alcançam carga acima de 500 kW, a demanda mínima exigida atualmente para operar no segmento.

O mercado livre permite negociação direta de contratos com fornecedores, sejam eles geradoras ou comercializadoras. Cerca de 2,3 mil UCs já fazem parte desse modelo de contratação somente no estado gaúcho. Entre os que já podem, mas ainda não estão, a maior parte está na faixa de consumo comercial, seguido por poder público, rural, industrial e serviço público.

Na avaliação da CCEE, o que falta para que essas companhias migrem para o mercado livre é uma maior oferta de modelos de contratos que garantam uma conta mais barata, de forma simples e com risco reduzido para o consumidor. “Esses grupos não possuem equipes especializadas em gestão de compra e venda de energia, então precisam de todo o apoio possível nessa transição, bem como no dia a dia da operação no mercado e no gerenciamento dos contratos”, diz Talita Porto, vice-presidente do Conselho de Administração da CCEE.

Para resolver a questão, a Câmara defende o desenvolvimento da categoria de comercializador varejista, que pode intermediar a negociação e tornar o processo menos burocrático e mais seguro. “É a figura que assume parte dos riscos associados às volatilidades do mercado e que pode representar seus clientes no segmento, fazendo com que a migração seja simplificada”, complementa Talita.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
Publicidade

Você também pode gostar

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.