Campo Bom receberá espaço para aproximar crianças da ciência e da cultura

Por Jonathan da Silva

Um projeto da Universidade Feevale realizará adequações em uma biblioteca pública de Campo Bom com o objetivo de ampliar os conhecimentos de crianças e jovens do Vale do Sinos nas áreas da cultura e das tecnologias. Intitulado Praça do Saber: um espaço de interação com ciência e cultura, a iniciativa criará, junto à Biblioteca Pública Municipal Professor Antônio Nicolau Orth, localizada no Centro de Educação Integrada (CEI), um espaço de experiências integradoras, interação e diálogo sobre temas relevantes para a sociedade atual, como inclusão, diversidade, ciência e tecnologia.

No espaço, serão oferecidos workshops e oficinas semanais para escolas da rede municipal de ensino de Campo Bom e das cidades circunvizinhas São Leopoldo, Estância Velha, Ivoti, Dois Irmãos, Sapiranga, Gravataí, Parobé, Taquara, Igrejinha, Esteio e Sapucaia do Sul. Os momentos de interação e formação, que serão ministrados pelos pesquisadores e bolsistas envolvidos na iniciativa, compreenderão atividades artísticas e de uso de tecnologias. “Será um espaço voltado ao compartilhando de saberes já construídos pelo homem e ao desenvolvimento de novos conhecimentos”, explica a coordenadora do projeto, professora Regina Heidrich.

O desenvolvimento da proposta está organizado em sete fases. As duas primeiras correspondem ao planejamento e à construção do espaço. As fases 3 e 4 dizem respeito ao desenvolvimento de saberes. Nas fases 5 e 6, serão realizadas a avaliação e divulgação dos resultados. A última fase compreende os relatórios finais do projeto. Recentemente, a professora Regina, o professor Alexandre Rosa Bento e a bolsista de aperfeiçoamento científico Vitória Petry estiveram na biblioteca, em Campo Bom, para dar início à primeira fase, reconhecendo os espaços onde serão feitas as adequações. Os representantes do projeto foram recebidos pela secretária de Educação de Campo Bom, Simone Schneider, e pela coordenadora geral de Cultura, Milene Guedes.

O projeto, que está sendo desenvolvido no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Diversidade Cultural e Inclusão Social da Feevale, envolverá, ainda, professores das áreas de Design, Moda, Física, Arquitetura e Urbanismo, Letras e História, além do Museu Nacional do Calçado (MNC), o Laboratório de Inclusão e Ergonomia (Labie) e o Centro de Design da Instituição.

Projeto recebeu cerca de R$ 300 mil em recursos

O projeto da Feevale foi contemplado no edital do programa Praças da ciência em museus e centros de ciência e tecnologia e espaços científicos culturais, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Com isso, a instituição recebeu cerca de R$ 300 mil do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

O edital busca apoiar projetos visando à implantação de espaços lúdicos e interativos que explorarem temas de diferentes áreas do conhecimento, integrando a ciência aos brinquedos e levando as brincadeiras de criança ao mundo da ciência, física, matemática, educação ambiental, sustentabilidade e cidadania. A temática das Praças da Ciência incorpora-se nas cidades contemporâneas, visando contribuir com a inclusão, socialização, acessibilidade, mobilidade e lazer, associados ao conhecimento, à diversão e à criatividade. As Praças da Ciência são voltadas para crianças, jovens e adultos com ou sem deficiência, de forma a contemplar todas as diferentes classes sociais, estando alinhadas com as políticas públicas de projetos acessíveis de baixo custo.

Foto: Universidade Feevale/Divulgação | Fonte: Assessoria
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