Empresário alerta para falta de mão de obra e uso de drogas em Santa Cruz do Sul

Por Jonathan da Silva

O empresário Lauro Afonso Goerck, proprietário da Associated Tobacco Company Brasil (ATC), alertou na Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul que a escassez de mão de obra e o impacto social do consumo de drogas estão limitando o potencial de crescimento das empresas na cidade. A manifestação foi feita durante a Tribuna Popular da casa legislativa, realizada nesta segunda-feira (1º).

Goerck afirmou que a falta de trabalhadores está impedindo a concretização de novos projetos. O empresário revelou que a ATC foi forçada a antecipar o início dos três turnos de trabalho este ano como medida preventiva para garantir a manutenção da equipe, mesmo em períodos de menor necessidade produtiva. “Não há como investir em uma nova linha de produção, porque precisamos de 150 profissionais e não temos”, destacou. A procura por trabalhadores já se estende a municípios vizinhos como Cachoeira do Sul, Rio Pardo e Agudo.

Causas da escassez de mão de obra

O empresário afirmou que a principal causa para a relutância em aceitar empregos formais reside na existência de benefícios sociais. Goerck estima que mais de 14 mil famílias em Santa Cruz do Sul estão aptas a receber algum tipo de auxílio federal, e o receio de perder esse valor garantido inibe a formalização do vínculo empregatício. Para solucionar esse dilema, Goerck propôs a criação de um mecanismo que permita às famílias em situação de extrema pobreza manter o benefício social mesmo após a assinatura de um contrato de trabalho. O empresário defendeu que “ganham as indústrias, as famílias e o governo” com essa medida, argumentando que resultaria num triplo benefício: impulsionaria a produção industrial, garantiria a dignidade das famílias e aumentaria a arrecadação governamental.

Problema do uso de drogas

Além da questão econômica, Lauro Afonso Goerck apelou aos vereadores para que dediquem atenção especial ao problema do consumo de drogas no município. O empresário mencionou que a dependência química contribui para a instabilidade da mão de obra, com trabalhadores que, segundo ele, não regressam ao serviço após receberem os salários.

O empresário concluiu sua intervenção reforçando o potencial da cidade, mas apelando a uma ação social urgente: “Santa Cruz é o melhor lugar para se viver, só temos que cuidar dos nossos doentes.”

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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