SindiTabaco lança campanha sobre sementes certificadas para produtores de tabaco

Por Jonathan da Silva

O Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e suas empresas associadas iniciaram uma campanha para conscientizar os produtores sobre a importância do uso de sementes certificadas. A iniciativa, que conta com o apoio de entidades representativas do setor, será realizada nos próximos meses nas principais regiões produtoras de tabaco.

Como parte da campanha, serão distribuídos materiais em diferentes formatos, incluindo cards, folders, vídeos e spots de rádio. A assessora técnica do SindiTabaco, Fernanda Viana Bender, explicou que o primeiro material a ser divulgado será um card enviado por WhatsApp. “É uma ferramenta muito utilizada no campo e tem um alcance muito bom e rápido. Também teremos um folder e um vídeo com mais informações sobre o que são sementes piratas e quais os prejuízos que esses produtos representam para a produção de tabaco”, afirmou Fernanda.

Riscos das sementes não certificadas

A assessora técnica da entidade destacou que o Brasil possui uma reputação consolidada no mercado de tabaco e que o controle sanitário é fundamental para evitar a introdução de doenças. “Por não serem fiscalizadas e não passarem por rigoroso controle de qualidade e sanidade, as sementes piratas trazem o risco de disseminação de pragas e doenças para as regiões produtoras de tabaco”, salientou Fernanda. Além disso, ela alertou que o uso dessas sementes pode resultar em penalidades para produtores e comerciantes, já que a venda de sementes sem certificação é uma infração prevista na legislação.

A assessora também ressaltou que as sementes não certificadas impactam a produtividade e podem comprometer a qualidade da safra. “Em casos de problemas de germinação, o produtor não terá garantias ou suporte técnico”, acrescentou Fernanda.

Impacto no setor

O presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing, afirmou que a proliferação de sementes não certificadas pode prejudicar a reputação do tabaco brasileiro no mercado internacional. “Somos líderes mundiais na exportação de tabaco em folha há mais de 30 anos. Para oferecer uma semente qualificada, que cumpra todas as exigências legais e sanitárias, são necessários vários anos de investimento em pesquisa e inovação”, explicou o dirigente, que ainda recomendou que os produtores consultem o orientador agrícola em caso de dúvidas.

Identificação das sementes certificadas

De acordo com o SindiTabaco, as sementes certificadas possuem informações obrigatórias no rótulo da embalagem, como o número de registro Renasem/Mapa. Além disso, as sementes peletizadas são uniformes, de mesmo tamanho e cor, e não apresentam sinais de mofo ou contaminação.

Reforço na fiscalização

A campanha também busca fortalecer a fiscalização contra a comercialização de sementes piratas. No Paraná, denúncias podem ser feitas à Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) pelo site adapar.pr.gov.br/Pagina/Fale-com-o-Ouvidor. Em Santa Catarina, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) recebe denúncias pelo telefone 0800 644 6510. No Rio Grande do Sul, as denúncias podem ser enviadas para o e-mail sementesemudas@agricultura.rs.gov.br.

O sindicato

Fundado em 1947 e sediado em Santa Cruz do Sul, o SindiTabaco representa a indústria do setor em todo o território nacional, exceto nos estados da Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Com 14 empresas associadas, a entidade atua principalmente na região sul do Brasil, onde se concentra 94% da produção nacional de tabaco.

Foto: Junio Nunes/Divulgação | Fonte: Assessoria
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