Primeira Feira Brasileira do Grafeno é realizada na UCS

Por Milena Costa

O material que vem revolucionando a indústria mundial será o tema da Primeira Feira Brasileira do Grafeno, que ocorre de 9 a 16 de julho, promovida pela Universidade de Caxias do Sul. O evento terá espaço no Ginásio I da Vila Poliesportiva do Campus-Sede.

Para a abertura oficial, na sexta-feira, dia 9 de julho, é aguardada a vinda do presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, fará a inauguração oficial da UCSGRAPHENE, a primeira e maior planta de produção de grafeno em escala industrial da América Latina. A abertura para visitação do público empresarial será de 12 a 16 de julho, das 14h às 20h, com entrada gratuita mediante inscrição prévia no site ucsgraphene.com.br, através do link: www.ucs.br/1-feira-brasileira-do-grafeno

São realizadores do evento a Fundação Universidade de Caxias do Sul, a Universidade de Caxias do Sul, a UCSGRAPHENE, a ZextecNano e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

Aplicações em alta tecnologia

O grafeno, um dos materiais mais fortes e leves do mundo, e o mais fino que existe, é 200 vezes mais resistente que o aço e é considerado um dos maiores recursos da atualidade para aplicações em alta tecnologia.

A UCS é sede da UCSGRAPHENE, resultado de mais de 17 anos de pesquisas avançadas na área de nanomateriais, que consiste na primeira e maior planta de produção de grafeno em escala industrial da América Latina instalada em um Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação – o TecnoUCS.

“O material disruptivo apresenta um campo extremamente vasto, com empresas e segmentos que poderão demonstrar as mais diversificadas aplicações”.

Além de conferir o trabalho desenvolvido na Universidade, que gera grafeno de alta qualidade para a prestação de serviços tecnológicos inovadores, a Feira será oportunidade de conhecer algumas das indústrias que já produzem com o material. São integrantes do segmento automobilístico, de equipamentos de proteção, de segurança, de peças técnicas, estruturais, da área de energia, construção civil, têxtil, metal mecânica, de insumos, combustível e utilidades domésticas. “O material disruptivo apresenta um campo extremamente vasto, com empresas e segmentos que poderão demonstrar as mais diversificadas aplicações”, afirma o professor Diego Piazza, coordenador da UCSGRAPHENE.Expositores: IKG Química, Taurus Helmets, Giroplastic, New Tech Company, Taurus, Lavita, RodOil, ZNano, Ford, Sinalsul, Pettenati, Imobras, Apolo, VerGraf, ModalEduca, ZextecNano (parceira da planta da Universidade atua em ações de produção e comercialização de grafeno e intermediação de projetos de desenvolvimento de produtos) e UCSGRAPHENE.

Potencial que já é realidade no mercado

O reitor da UCS, Evaldo Antonio Kuiava, ressalta a possibilidade de compartilhar com a sociedade o potencial do grafeno e mostrar que para além das pesquisas, sua produção é uma realidade. Ele frisa que o ecossistema de inovação na Universidade qualifica o ensino e impacta o mercado, através da conexão estabelecida com as empresas.

“Dispomos de um produto viável à indústria, capaz de gerar renda para a sociedade com tecnologia brasileira”.

“Dispomos de um produto viável à indústria, capaz de gerar renda para a sociedade com tecnologia brasileira”, declara, sobre o trabalho desenvolvido na unidade de negócios que é a primeira da Serra Gaúcha credenciada pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) que atua no fomento à inovação na indústria brasileira.

Será o primeiro movimento nacional com apresentação dos produtos já desenvolvidos pelas empresas em conjunto com a academia, em especial com a UCSGRAPHENE, voltado a aplicações cotidianas, explica o professor Diego Piazza. “É o resultado de pesquisas práticas em que a UCSGRAPHENE e a ZextecNano realizaram essa conexão e viabilizaram o uso de uma tecnologia de alcance das empresas”, reforça, pontuando a relação com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, “o qual entende a importância e o tamanho da UCSGRAPHENE para contribuir ao posicionamento no cenário mundial como referência voltada à produção, caracterização e aplicação de grafeno”.

“A realização de um evento como esse em Caxias do Sul consolida a experiência em pesquisa na qual a UCS se destaca”.

“A realização de um evento como esse em Caxias do Sul consolida a experiência em pesquisa na qual a UCS se destaca e referenda todos os pesquisadores que se dedicaram e se dedicam para que a conexão academia-indústria aconteça e seja fortalecida”, contextualiza Piazza, sobre a atuação no parque de ciência e tecnologia que visa impulsionar o desenvolvimento de novos negócios, a potencialização das empresas, a exploração de novos nichos de mercado e a geração de riquezas para a região, colaborando para que o Brasil seja portador de futuro.

O grafeno

– É obtido do grafite a partir da reordenação hexagonal dos átomos do carbono. Foi isolado pela primeira vez em 2004, na Inglaterra, em pesquisa que acabou ganhando o Prêmio Nobel de Física em 2010.
– É o material mais leve e resistente do mundo (200 vezes mais resistente do que o aço), superando até mesmo o diamante, e o mais fino que existe (da espessura de um átomo, ou 1 milhão de vezes menor que um fio de cabelo).
– Possui excelente condutividade térmica e elétrica, transparência e maleabilidade, sendo resistente ao impacto e à flexão.
– Devido à alta resistência mecânica, à capacidade de transmissão de dados e à economia de energia, é considerado um dos maiores recursos da atualidade para aplicações em alta tecnologia.
– Vem sendo utilizado em todo o mundo na produção dos chamados materiais inteligentes, como componentes eletrônicos, baterias, telas e displays LCD, anticorrosivos, solventes, revestimentos, entre outros.

Foto: Claudia Velho/Divulgação | Fonte: Assessoria
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