População da região sul é a que mais conhece sobre sustentabilidade

Por Ester Ellwanger

A região Sul é onde as pessoas estão mais familiarizadas com a sustentabilidade. Ao serem questionados sobre o que vem à cabeça quando ouvem o termo, apenas 19% dos sulistas não souberam fazer qualquer associação sobre ao tema. O número está bem abaixo da média nacional de desconhecimento, que é de 29%.

Os dados são da 8ª edição do Observatório Febraban – Pesquisa Febraban-Ipespe, que buscou investigar o conhecimento e envolvimento dos brasileiros a respeito do tema da sustentabilidade, e de como as boas práticas se inserem no cotidiano da população.

O levantamento, realizado entre os dias 2 e 7 de setembro, com 3 mil pessoas nas cinco regiões do país, será apresentado nesta quinta-feira, dia 30 de outubro.

No Sul, o tema “Preservação do meio ambiente e consciente ambiental” foi o mais lembrado em relevância (38% das respostas), ficando à frente de “Economia dos recursos naturais” e “Utilização racional”, com 10% das respostas.

Este levantamento reforça pesquisas anteriores, que mostravam que 74% dos entrevistados tinham muito ou algum interesse pelo tema da preservação do meio ambiente e 78% disseram-se pouco ou nada satisfeitos com os esforços empreendidos no país nesse campo”.

O alto índice de conhecimento nos temas pode ser explicado pelo nível de informação. O Sul é a região é a que mais recebe informação sobre questão ambientais: 70% dos entrevistados sentem-se bem informados ou informados de maneira satisfatória sobre o assunto. Na média entre todas as regiões, esse índice é de 63%.

O meio preferido pelo qual os entrevistados se informam sobre sustentabilidade é a internet, com 44% das respostas, seguida da tevê aberta (41%).

Quanto às questões ambientais, o Sul se mostra a região com registro de maior interesse (85%), ao passo que no Nordeste está o menor nível de interesse (71%).

Questões ambientais como poluição, aquecimento global, desmatamento, lixo e uso da água são vistas com maior preocupação no Sul (42%) e menos no Sudeste (36%).

Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe

Porém, a população do Sul é que menos se importa com questões de “Bem estar, saúde e renda das comunidades”. Nesse quesito, o Centro-Oeste (47%) e o Nordeste registram os maiores níveis de preocupação (46%).

Na área social, as temáticas que mais preocupam a população do Sul são “emprego e renda” (77%) e “bem-estar e saúde” (58%).

A pesquisa mostra que 77% dos entrevistados em todas as regiões do país concordam que “a adoção das boas práticas de sustentabilidade pelas empresas e pelos governos deve ser prioridade mesmo com o risco de diminuir os lucros e o crescimento econômico”. Esse número chega a 81% no Sul e cai para 72% no Nordeste.

Em relação à responsabilidade sobre os cuidados com o meio ambiente, o Sul registrou o maior índice (56%, contra a média nacional de 46%) de opinião de que essa responsabilidade é de todos igualmente (governos, famílias, empresas e Ongs).

A grande maioria dos brasileiros (98%, a mesma média também no Suil) concorda que é preciso adotar boas práticas ambientais no âmbito individual e da família. Porém, o Sul aparece como a região que menos tem o hábito de “adoção de medidas para economizar água” (62%, contra a média nacional de 66%). O Sul é ainda a região que tem menor hábito de economizar energia elétrica (58%, contra a média nacional de 62%).

Mas quando assunto é separação de lixo, o Sul dispara com o maior índice (58%; a média nacional é de 52%).

Na hora de realizar compras, o Sul, Norte e Nordeste aparecem com 59% das respostas indicando que preferem marcas e serviços de empresas que seguem normas de sustentabilidade. O Sudeste e o Centro-Oeste são as regiões que menos têm esse hábito (51%).

A preferência por etanol à gasolina na hora de abastecer o veículo é a menor possível no Sul (61% disseram não ter esse hábito); no Centro-Oeste, o índice é de 43%, e a média nacional é de 51%.

“Este levantamento reforça pesquisas anteriores, que mostravam que 74% dos entrevistados tinham muito ou algum interesse pelo tema da preservação do meio ambiente e 78% disseram-se pouco ou nada satisfeitos com os esforços empreendidos no país nesse campo”, diz o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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