Novo Hamburgo apresenta Balanço de Segurança Pública de 2023

Por Marina Klein Telles

Os indicadores de criminalidade em Novo Hamburgo tiveram uma diminuição significativa desde 2017, caindo de 26,36% para 10,98% em 2023. Essa foi uma das pautas abordadas no Balanço de 2023, apresentado pelo secretário de segurança do município, General Roberto Jungthon. O balanço inclui indicadores de criminalidade, de trânsito e de resultados a partir de ações realizadas pela área de segurança da cidade, que demonstram uma tendência de queda. Os dados foram divulgados em coletiva realizada em 31 de janeiro no auditório do Centro Administrativo Leopoldo Petry.

Comparando aos contextos vivenciados em outras cidades com mais de 100 mil habitantes, Novo Hamburgo desponta na 6ª posição, entre os municípios gaúchos com menores taxas de homicídio. “A taxa estadual chega a 15%, isso significa que estamos abaixo da média estadual”, trouxe Jungthon. Outro destaque abordado pelo secretário foi em relação a crimes contra o patrimônio. “Tivemos uma linha em queda bem acentuada nos roubos de veículos, cerca de 26% de 2017 para 2023”, apontou.

Os indicadores de criminalidade nas redes de ensino também chamam a atenção, visto que de 2022 para 2023 tiveram uma queda expressiva de 86%. “Isso se deu devido a uma tragédia de âmbito nacional que fez com que Novo Hamburgo, e diversas cidades no País olhassem para a segurança das escolas. Aí está um indicativo de como reduzir os focos criminais: olhar mais atentamente para as áreas vulneráveis”, explicou o general, referindo-se ao massacre que ocorreu em uma creche em Blumenau/SC em abril de 2023.

General Roberto Jungthon

Trecho da morte

Uma das temáticas mais polêmicas abordadas foi o aumento no número de vítimas fatais no trânsito. “Não temos ainda dados quanto a erros de engenharia ou falha mecânica que expliquem o aumento de mortes nas rodovias. O que sabemos é que, se as mortes estão sendo causadas por falha humana, ou em decorrência do excesso de velocidade, esses acidentes poderiam ter sido evitados. Nosso trabalho, em relação à segurança no trânsito, acaba sendo de prevenção, mas falta consciência dos motoristas”, colocou.

Ao longo do ano passado, foram registradas 23 mortes no trânsito, sendo que 13 dessas aconteceram na BR-116 no trecho da morte, como ficou conhecida a estrada entre Ivoti e Novo Hamburgo. Jungthon acrescentou ainda que “é difícil não termos vítimas fatais no trânsito quando em um trecho que se deveria dirigir a 60km/h, as velocidades medidas chegam a 123km/h”.

Estavam presentes para acompanhar o balanço o vice-prefeito Márcio Lüders, o delegado Eduardo Hartz, titular da 3ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (DPRM); os delegados Alexandre Quintão, Marina Goltz e Lucas de Britto; a capitã da Brigada Militar Francine Terres; o diretor da Guarda Municipal de Novo Hamburgo, Ricardo Carvalho; o capitão Luciano Franco, comandante do Corpo de Bombeiros em Novo Hamburgo; representantes de secretarias e departamentos da Prefeitura e a imprensa.

Texto e foto: Marina Klein Telles/Expansão
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