Garibaldi é base de mapeamento aéreo para obras de reconstrução no RS

Por Jonathan da Silva

O aeródromo de Garibaldi foi escolhido pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) como uma das três bases para o maior mapeamento aéreo já realizado no Rio Grande do Sul, iniciado nesta semana. O objetivo da iniciativa é gerar imagens e dados de alta precisão que orientarão obras de prevenção e reconstrução em áreas afetadas por enchentes em todo o estado.

A ação federal utilizará, pela primeira vez no Brasil, tecnologia capaz de capturar oito pontos por metro quadrado, possibilitando a criação de modelos digitais de terreno e superfície, além de ortoimagens corrigidas geometricamente. O investimento do governo federal é de R$ 46 milhões, e o trabalho, que também contará com bases em Porto Alegre e Santa Maria, deve ser concluído em um período de 14 a 16 meses.

O avião destinado ao mapeamento chegou a Garibaldi no final da tarde de segunda-feira (11), e iniciou os voos na manhã desta terça-feira (12). O itinerário e o cronograma são coordenados diretamente pelo governo federal.

Relevância estratégica de Garibaldi

De acordo com o governo, a escolha pelo aeródromo municipal leva em conta sua importância estratégica e as melhorias recentes realizadas pela Prefeitura, que investiu cerca de R$ 245 mil na correção de fissuras da pista e na sinalização viária horizontal em toda a extensão de 1.200 x 30 metros, atendendo exigências da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Localizado a 680 metros de altitude, o aeródromo tem capacidade para receber aeronaves de até 80 passageiros e já foi utilizado em operações de grande porte. Durante as enchentes de 2024, serviu como ponto de recebimento e distribuição de donativos na serra gaúcha, recebendo cargas de diferentes regiões do Brasil.

Avaliação do município

Para o prefeito Sérgio Chesini (PP), a participação de Garibaldi na operação confirma o papel do município em ações estratégicas. “Esse reconhecimento demonstra que o investimento na infraestrutura do nosso aeródromo tem reflexo direto no desenvolvimento e na capacidade de Garibaldi contribuir para ações estratégicas, não apenas para a nossa cidade, mas para todo o Rio Grande do Sul”, expressou Chesini.

Por que o mapeamento é feito

Os dados coletados no mapeamento vão embasar estudos hidrológicos e permitir a execução de ações estruturantes de combate definitivo a enchentes, fortalecendo a segurança hídrica e apoiando o processo de reconstrução no estado.

Foto: Márcio Schinoff/Divulgação | Fonte: Assessoria
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