A edição de janeiro de 2024 da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência das Famílias (PEIC-RS), realizada nos últimos 10 dias de dezembro revelou que o percentual de famílias com dívidas na capital gaúcha foi de 89,0%, com pequena variação ante dezembro de 2023 (88,7%). O percentual de famílias com contas em atraso foi de 39,1% e apenas 2,4% relatam não ter condições de pagar qualquer parte da dívida atrasada em 30 dias. A PEIC-RS é realizada pela CNC e a análise e divulgação foi feita pela Fecomércio-RS em 16 de fevereiro.
Para o indicador do percentual de famílias com contas em atraso, os dados mostraram pequeno recuo na margem, passando de 39,5% em dez/23 para 39,1% em jan/24. Ante janeiro do ano passado (36,4%), no entanto, o indicador segue em patamar elevado, indicando que as dificuldades em pagar as contas em dia persistem. Ainda assim, a evolução recente do indicador, com a terceira variação negativa consecutiva, assim como a nova redução na margem no total de famílias que se sentem muito endividadas (27,8% para 26,3%) e a queda no tempo médio de atraso (34,7 dias para 33,5 dias) indicam um quadro que apesar de difícil, tem mostrado evolução positiva.
Em relação ao percentual de famílias que não conseguem quitar nenhuma parte de suas dívidas nos próximos 30 dias (2,4%), também se verificou pequena contração ante os 2,6% do mês anterior – primeiro recuo na margem em oito meses. Apesar de mais elevado que em jan/23 (2,1%), a média histórica baixa do indicador esboça um quadro de poucas famílias em situação de persistência da inadimplência e esforço para pagar as contas atrasadas e, assim, manter o acesso ao crédito. Além disso, a pesquisa também destaca o percentual maior de famílias que relatam ter condições de pagar a totalidade das contas atrasadas em 30 dias, com avanço na margem, de 51,0% para 52,0%, e também em relação a jan/23 (40,7%). “Ainda que persista uma situação delicada no quadro de endividamento das famílias, um cenário macroeconômico com continuidade da queda dos juros, inflação comportada e sustentação da renda abre espaço para uma dinâmica de crédito menos nociva aos orçamentos familiares.” comentou Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS.
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