Exportações de calçados em alta

Por Caren Souza

Dados elaborados pela Abicalçados apontam que as exportações de calçados somaram 8,5 milhões de pares em abril. O número é 76% superior ao registro de abril de 2020. Já em receita, a soma do mês quatro chegou a US$ 65 milhões, 115% mais do que no mesmo mês do ano passado. Frente ao nível pré-pandemia, 2019, apesar da queda de 15,9%, em dólares, houve um crescimento de 5,5%, em pares, no mês. No acumulado do quadrimestre, foram embarcados 40,5 milhões de pares por US$ 258,8 milhões, incremento de 10,1% em volume e queda de 4,6% em receita no comparativo com o mesmo período do ano passado.

O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que, mesmo com uma base de comparação deprimida pelo auge do novo coronavírus no ano passado, o resultado aponta para uma recuperação das exportações. “Com a retomada da demanda internacional por calçados, devemos fechar o ano com um incremento de cerca de 13% nos embarques”, projeta. Segundo o dirigente, além do ambiente mais positivo, com o avanço da vacinação em massa e a normalização do comércio, o câmbio vem favorecendo a formação de preços mais competitivos para o produto brasileiro.

No quadrimestre, o principal destino do calçado brasileiro no exterior foi os Estados Unidos, para onde foram embarcados 4,26 milhões de pares, que geraram US$ 53,56 milhões, altas de 36,5% em volume e de 4,6% em dólares na relação com o período correspondente de 2020.

O segundo destino do primeiro quadrimestre foi a Argentina, para onde foram enviados 3,17 milhões de pares por US$ 28,61 milhões, altas de 18,3% e 2,2%, respectivamente, ante o mesmo ínterim do ano passado.  Completando o ranking de destinos do quadrimestre, a França importou 2,76 milhões de pares verde-amarelos, pelos quais pagou US$ 19,51 milhões, altas de 11,3% e 21,1%, respectivamente, em relação a 2020.

RS aumenta embarques

O principal exportador de calçados do Brasil no quadrimestre foi o Rio Grande do Sul. No período, as fábricas gaúchas embarcaram 9,8 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 111,9 milhões, incremento de 15,6% em volume e queda de 2,4% em receita no comparativo com o mesmo período de 2020.

O segundo exportador do período foi o Ceará, de onde partiram 13,68 milhões de pares por US$ 69 milhões, alta de 1,7% em volume e queda de 7,7% em dólares na relação com o mesmo intervalo do ano passado.

Registrando alta em volume e receita, São Paulo foi o terceiro exportador do primeiro quadrimestre do ano. No período, as fábricas paulistas embarcaram 2,78 milhões de pares, pelos quais receberam US$ 27,68 milhões, altas de 19,5% e de 3,4%, respectivamente, ante 2020.

Impulsionadas pela Ásia, importações crescem 68,2% em abril

Assim como as exportações, as importações de calçados registraram incremento em abril, mês em que entraram no Brasil 2,17 milhões de pares por US$ 32,6 milhões, altas de 49,7% em volume e de 68,2% em receita no comparativo com o mesmo mês de 2020. As principais origens do mês quatro foram os países asiáticos. O Vietnã enviou 878,74 mil pares por US$ 18,23 milhões, altas de 41,8% e 83,2% ante abril de 2020; a Indonésia enviou 387 mil pares por US$ 7,3 milhões, altas de 56,4% e 63,9%; e a China enviou 726,3 mil pares por US$ 3,28 milhões, altas de 63,9% e 31,1%. “Esses dados revelam que os países asiáticos continuam utilizando o Brasil como destino para a desova de excedentes de calçados do mercado internacional”, avalia Ferreira.

Já no acumulado do quadrimestre, as importações somaram 8,93 milhões de pares e US$ 107,98 milhões, quedas de 14,6% e de 12,4%, respectivamente, ante o mesmo período do ano passado. As principais origens das importações foram os países asiáticos (Vietnã, 3,1 milhões de pares e US$ 60,9 milhões, quedas de 25,6% e 13,2% ante 2020; Indonésia, 1 milhão de pares e US$ 17,88 milhões, quedas de 16,9% e 12,5%; e China, 4,1 milhões de pares e US$ 14,12 milhões, quedas de 1,3% e 12,8%).

Em partes de calçados – cabedais, solas, saltos, palmilhas etc – as importações do quadrimestre foram equivalentes a US$ 8 milhões, 6,1% menos do que no mesmo período do ano passado. As principais origens foram Paraguai, Vietnã e China.

Fonte: Assessoria
Publicidade

Você também pode gostar

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.