Dia do Produtor de Tabaco celebra integração e destaca importância econômica do setor

Por Jonathan da Silva

O Dia do Produtor de Tabaco é celebrado nesta segunda-feira, 28 de outubro, data reconhecida oficialmente pelas Assembleias Legislativas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, que homenageia o papel de mais de 130 mil famílias produtoras nos três estados. A data foi instituída em 2012 pela Associação Internacional dos Produtores de Tabaco (ITGA) e remete ao início da história do tabaco, associada à chegada da frota de Cristóvão Colombo à ilha de Cuba em 1492.

Segundo o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), a celebração deste ano ocorre em um momento de desafios para produtores que enfrentaram enchentes em regiões do Rio Grande do Sul. O presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing, ressaltou o apoio aos produtores. “Queremos deixar nosso abraço fraterno a todos os produtores que sofreram com as enchentes no Rio Grande do Sul. Reforço a mensagem de que, assim como aconteceu em maio, por ocasião das intempéries, estaremos sempre lado a lado em busca de soluções”, afirmou Thesing.

O Brasil é o segundo maior produtor mundial e o maior exportador global de tabaco desde 1993, com produção voltada para o mercado externo em um modelo integrado entre produtores e indústrias, conhecido como Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT). Esse sistema garante uma produção economicamente viável, além de promover o desenvolvimento sustentável, e é um dos pilares do agronegócio do tabaco. Segundo Thesing, o sistema não apenas proporciona vantagens comerciais, mas também aborda temas como preservação ambiental e segurança no trabalho. “Seguiremos escrevendo uma história que preconiza não apenas vantagens comerciais para todos os envolvidos, mas que tem importantes parágrafos em torno da preservação ambiental, do combate ao trabalho infantil, saúde e segurança no trabalho, além da diversificação das propriedades”, destacou o presidente da entidade.

Apesar das críticas ao produto final, a opção pelo cultivo do tabaco é mantida por produtores, atraídos pela renda acima da média nacional. Um estudo do Centro de Pesquisas em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul mostrou que a renda dos produtores de tabaco é 140% maior que a média brasileira.

Em 2023, as exportações brasileiras de tabaco alcançaram 512 mil toneladas, gerando US$ 2,7 bilhões em receita, com destinos em 107 países. A União Europeia foi o maior importador, representando 42% do volume exportado, seguida de países do Extremo Oriente (31%) e América do Norte (8%). O tabaco representou 11,19% das exportações totais do Rio Grande do Sul, estado líder na produção nacional.

O SindiTabaco, fundado em 1947 e com sede em Santa Cruz do Sul, representa 14 empresas do setor e concentra suas atividades na Região Sul, onde se encontra 98% da produção de tabaco brasileira. A entidade tem como foco apoiar o desenvolvimento da cadeia produtiva do tabaco e promover o bem-estar das comunidades rurais envolvidas.

Foto: Banco de Imagens/SindiTabaco/Divulgação | Fonte: Assessoria
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