O vice-presidente do Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública de Novo Hamburgo (Consepro), Cristiano Crippa, apresentou as ações realizadas pela entidade e pediu apoio dos parlamentares e da comunidade para ampliar doações que possam ser revertidas em investimentos para as forças de segurança do município nesta quarta-feira (3), durante sessão na Câmara de Vereadores. A participação ocorreu a partir de requerimento da vereadora Daia Hanich (MDB).
Em sua manifestação, Crippa elencou ações recentes do conselho, como o conserto de oito motos da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam), aquisição de equipamentos de proteção individual, investimento de R$ 25 mil para construção de um refeitório no 3º BPM, manutenção do telhado da Central de Polícia, compra de um drone para a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), projeto de alteração da sala de operações do Corpo de Bombeiros e destinação de uma impressora profissional para emissão de PPCIs.
O dirigente destacou ainda a participação de 70 agentes em curso de aperfeiçoamento e a parceria com a Fenac para divulgação das atividades do conselho durante a Feira Loucura por Sapatos. Segundo Crippa, mesmo com esses esforços, as ações são insuficientes diante da demanda. “O Consepro é o elo entre o poder público, a comunidade e as forças de segurança, que estão sucateadas em Novo Hamburgo. Precisamos da ajuda desta Casa para captar recursos, independentemente de partido”, afirmou o vice-presidente.
Repasses e promessas
Durante a apresentação, Crippa pediu apoio para a execução de uma promessa feita pelo então candidato à Prefeitura Gustavo Finck (PP) de repasse mensal de R$ 10 mil ao conselho, valor que, segundo o dirigente, embora baixo, faria diferença no caixa da instituição. O vice-presidente do conselho da entidade afirmou ainda que o Consepro sempre atua de forma transparente e presta contas à sociedade.
Crippa também recordou que a Câmara indicou o envio de R$ 800 mil ao Consepro, mas os valores não foram repassados pela administração anterior. Além de recursos públicos, o representante da entidade destacou que a entidade também recebe doações de pessoas físicas, que podem ser feitas via Pix, pelo CNPJ 90.831.850/0001-24.
Manifestação dos vereadores
Autora do requerimento, a vereadora Daia Hanich afirmou que o convite foi uma oportunidade de mostrar a relevância da entidade e agradeceu a doação de uma impressora para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). “Que possamos indicar emendas parlamentares ao Consepro no orçamento anual”, reforçou a parlamentar.
Juliano Souto (PL) destacou a precariedade dos equipamentos de policiais em comparação com os de criminosos. “Estamos juntos ombreando nesta Casa. Conte com meu gabinete e com esta Câmara de Vereadores. Força e honra ao nosso Consepro”, declarou o vereador.
Joelson de Araújo (Republicanos) questionou como a entidade poderia contribuir na redução da população em situação de rua. Crippa respondeu que as forças de segurança estão monitorando a situação e citou exemplos de municípios catarinenses que adotam medidas mais rigorosas.
Professora Luciana Martins (PT) discordou da avaliação e afirmou que “não é possível fazer um CTRL+C / CTRL+V de realidades diferentes”. A parlamentar também questionou o valor prometido pelo executivo e defendeu acompanhamento legislativo sobre a destinação de verbas.
Enio Brizola (PT) também divergiu sobre a relação da população de rua com a segurança pública e citou estudos da Universidade Feevale sobre as múltiplas causas do problema. Emerson Motora (PP) relatou sua experiência como instrutor da Guarda Municipal e elogiou o trabalho dos agentes mesmo diante da falta de recursos.
Ricardo Ritter – Ica (MDB) enalteceu o papel do Consepro na agilidade de investimentos para a segurança. Já Deza Guerreiro (PP) reconheceu as dificuldades enfrentadas pelo município e ressaltou o esforço dos profissionais da área.
O presidente da Câmara, Cristiano Coller (PP), lembrou de um repasse aprovado em 2022, mas não encaminhado pelo executivo, e parabenizou a atuação da entidade junto ao Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd).
Ao final, Crippa enfatizou: “juntos somos mais fortes. E onde há segurança, há desenvolvimento”.
Foto: Pyetra Trindade/CMNH/Divulgação | Fonte: Assessoria
