O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS) cresceu de 46,2, em julho, para 49 pontos, em agosto, segundo divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), nesta quinta-feira (22). É o patamar mais alto desde abril de 2024, mas como segue abaixo dos 50 pontos, revela que a indústria do RS continua sem confiança. “O resultado mostra o início de uma recuperação a partir da retomada das atividades nas empresas com o restabelecimento gradual das condições anteriores à calamidade climática de maio. Mas essas condições já não eram muito favoráveis devido ao cenário de incertezas, principalmente por causa da persistência dos problemas fiscais do país, juntamente com os juros elevados e a demanda insuficiente”, diz o presidente da FIERGS, Claudio Bier.
Bier destaca que os baixos níveis de confiança com a economia brasileira, por afetarem as decisões de investir, indicam também baixo dinamismo para a indústria gaúcha nos próximos meses, ainda mais em função da demora na chegada dos recursos e a insuficiência das medidas tomadas.
Todos os componentes do ICEI-RS, nas condições atuais e nas expectativas, cresceram de julho para agosto. Os índices que expressam as avaliações com relação à economia brasileira registraram as maiores altas, mas apresentam os menores patamares. O de Condições Atuais aumentou de 40,9 para 43,9 pontos. Abaixo da linha divisória dos 50 pontos, segue demonstrando percepção de piora nos últimos seis meses. Entretanto, o avanço do índice revela que a avaliação negativa foi mais fraca e menos disseminada do que em julho.
Mesmo com uma alta de 3,8 pontos no mês, o Índice de Condições da Economia Brasileira foi o que registrou o menor patamar entre todos: 39,8 pontos. A maioria dos empresários, 53,9%, não vê mudanças no cenário econômico doméstico, mas ainda é significativa a parcela que percebe piora: 41,4%, muito maior do que o percentual que identifica melhora (4,6%). Já as condições da economia do RS permanecem ainda piores que a brasileira. Porém, o índice continuou a subir em agosto, para 34,8 pontos (foi 28,2 em julho). Também o cenário para as empresas ficou menos desfavorável: o Índice de Condições Atuais das Empresas avançou de 43,4, em julho, para 45,9 pontos, em agosto.