Casa de Cultura Mario Quintana realiza primeiro projeto para artistas trans

Por Marina Klein Telles

A Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ) em conjunto com a Secretaria da Cultura (Sedac), selecionou dez projetos artísticos em edital voltado exclusivamente para artistas trans ou coletivos formados por pessoas trans e travestis. As propostas selecionadas nas áreas de artes visuais, dança, teatro, cinema, literatura e música estão presentes na programação do Janeiro Lilás, mês da visibilidade trans e travesti.

Devido à relevância das atividades e dado o objetivo do edital de dar visibilidade permanente à causa, os projetos serão executados ao longo do ano, para além do mês temático, em conjunto com as outras ações da Casa de Cultura.

A primeira atividade selecionada será realizada nos dois próximos domingos de abril. Em comemoração aos seus cinco anos de existência, o Coletivo T realiza a ocupação Jardim T: 5 anos de travessia, que ocorrerá no Jardim Lutzenberger. O evento terá início com conversas, seguidas de festa com DJs, instalações, performances e projeções. A concepção é de Pétrus Vargas e a entrada é gratuita.

Programação

Em 16 de abril, uma roda de conversa com os DJs PV5000 e Nog4yra sobre a cena eletrônica de Porto Alegre e a produção de eventos está agendada para às 17h. A festa terá início às 19h, com DJ Set de Nog4yra e Lovinho, seguidos por PV5000 às 20h30.

A atividade de 23 de abril começa com uma conversa aberta de Introdução da Cultura Ballroom (movimento político e artístico que nasceu nos anos 1960 no Harlem, na periferia de Nova York) e vivências, mediada por Isa Blame com a participação de Babycruel e Ávine. A festa tem início às 19h, com set de DJ Latifa, seguido pelo DJ Baroque Angel às 20h30. Isa Blame é novamente a anfitriã da noite, com captação de vídeos de Braatz, performance de Babycruel e projeção de Denu e Decutlait.

Sobre o coletivo

O Coletivo T nasceu da necessidade de incentivar a entrada de profissionais LGBTQIAP+ no mercado da música eletrônica de Porto Alegre. Atualmente, tem 75% do seu coro de pessoas trans e 100% LGBTQIAP+. A T tem se dedicado, há cinco anos, à produção cultural de eventos, que são geralmente em vias públicas, garagens, fábricas abandonadas e galpões, protagonizados na zona industrial da cidade, onde artistas dissidentes têm mais facilidade e oportunidade para se desenvolverem.

Foto: Alga Menegat/divulgação | Fonte: Assessoria
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