O espumante brasileiro ‘explodiu’, no melhor sentido da palavra. A sumidade da bebida é incontestável no mundo inteiro. A produção nacional, hoje em 18 milhões de litros por ano, conforme dados da Uvibra, vem crescendo cerca de 10% a cada safra e o reconhecimento faz parte de uma rotina diária.
O 11º Concurso do Espumante Brasileiro, realizado de 16 a 18 de outubro pela Associação Brasileira de Enologia (ABE), reflete esta realidade ao conceder 14 Grandes Medalhas de Ouro e 111 Medalhas de Ouro para espumantes de 54 vinícolas de sete estados brasileiros, num desempenho recorde de pontuação avalizado por 52 jurados entre enólogos, sommeliers, médico, jornalistas e wine influencers.
O concurso não apenas cresceu no número de amostras, que nesta edição foi 20% maior que a de 2017, chegando a 376 espumantes de 89 vinícolas, como também evoluiu na qualidade. Prova disso, é que todos os 125 espumantes premiados atingiram notas superiores a 88. Os 14 espumantes que conquistaram Grande Medalha de Ouro superaram os 92 pontos.
“O espumante brasileiro é reverenciado no mundo todo pela sua qualidade e diversidade, fruto de muito trabalho do enólogo, dos viticultores, dos vinicultores. Em dois dias, degustamos quase 400 amostras que expressam os diferentes terroirs brasileiros. E para nossa felicidade, comprovamos que a qualidade está presente em cada um desses estados que estiveram representados com amostras”, comemora o presidente da ABE, enólogo Daniel Salvador.
“Em dois dias, degustamos quase 400 amostras que expressam os diferentes terroirs brasileiros.”
O resultado premia amostras de todos os estados participantes: Bahia, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, o que demonstra o alto padrão do espumante nacional. Além disso, entre os premiados estão espumantes de pequenas, médias e grandes vinícolas, numa representatividade de dar inveja.
“Foi emocionante ver e ouvir os jurados batendo palmas em cada Grande Medalha de Ouro alcançada. O brasileiro, definitivamente, precisa reconhecer o seu espumante, que é do Brasil. Valorizar o que é nosso com orgulho”, destaca Salvador.
Seguindo normas internacionais regidas pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) e pela União Internacional de Enólogos (UIOE), o concurso avaliou espumantes naturais, provenientes de uvas vitis viníferas, obtidos a partir dos diferentes métodos, que estejam sendo comercializados normalmente pelas empresas nas categorias: espumantes de segunda fermentação (charmat e tradicional) e espumantes de primeira fermentação (moscatéis).
A entrega da premiação ocorreu na noite desta sexta-feira (18), no CTG Sentinela da Serra, integrando a programação da Fenachamp, em Garibaldi.