Secretaria de Saúde de Santa Cruz alerta para surto da síndrome mão-pé-boca

Por Ester Ellwanger

Santa Cruz do Sul registrou nos últimos dias o surgimento de diversos casos da síndrome mão-pé-boca, causada pelo vírus Coxsackie, em escolas de educação infantil. Em razão disso e para auxiliar na interrupção da cadeia de transmissão, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesa), por intermédio da Vigilância Sanitária, encaminhou às direções das instituições de ensino uma nota informativa para evitar o avanço da doença.

A doença afeta principalmente crianças menores de 5 anos e se caracteriza por pequenas feridas avermelhadas na cavidade oral, mãos e pés e é altamente transmissível. Ao manifestar sintomas, a criança não deve ser levada à escola e precisa evitar o contato com outras crianças e adultos, mesmo no ambiente domiciliar.

Até o momento, segundo a Vigilância Sanitária, foram registrados três surtos em escolinhas, sendo dois em Linha Santa Cruz e um no centro da cidade. Cada local apresentou mais de dez crianças diagnosticadas. Amostras de material foram coletadas e encaminhadas ao Lacen. Além de acompanhar a situação, a Vigilância monitora os casos atendidos nos hospitais, UPA e Casa de Saúde. A 13ª Coordenadoria Regional de Saúde foi informada e está dando apoio nos devidos encaminhamentos.

Estamos orientando as escolas para que intensifiquem a limpeza das salas e ampliem os cuidados com a higiene pessoal, principalmente das mãos”.

De acordo com Francine Braga, coordenadora do setor de Vigilância e Ações em Saúde, a transmissão se dá através do contato direto entre as pessoas ou com fezes, saliva e outras secreções ou ainda por alimentos e objetos contaminados. Ela reforça a necessidade das medidas de prevenção. “Estamos orientando as escolas para que intensifiquem a limpeza das salas e ampliem os cuidados com a higiene pessoal, principalmente das mãos. Também pedimos que as direções informem os pais quando da ocorrência de casos, como forma de prevenir ou evitar o contágio”, observou.

A ocorrência de casos também deve ser informada pela escola à Vigilância Sanitária, que procede à investigação da doença. A incidência de três ou mais casos dentro de uma mesma instituição será notificada como surto.

 

Medidas de prevenção e controle:

O risco de transmissão para a doença Mão-Pé-Boca pode ser reduzido através das seguintes boas práticas de higiene:
– Manter uma boa higiene ambiental e um sistema de ventilação adequado em recintos fechados;
– Lavar as mãos com frequência, principalmente após ir ao banheiro (pois o vírus também é eliminado pelas fezes) e antes de manusear alimentos. Nas creches, é preciso ter muito cuidado com a higiene das mãos na hora de trocar as fraldas, para que os profissionais não transmitam o vírus de uma criança para outra;
– Afastar as pessoas contaminadas de suas atividades de trabalho e escola, até o desaparecimento dos sintomas; além disto, recomenda-se evitar lugares de aglomeração;
– Lavar com água e sabão e desinfetar com solução de água sanitária diluída em água pura (1 colher de sopa de água sanitária diluída em 4 copos de água limpa) toda a superfície de objetos, brinquedos, paredes, interruptores, maçanetas, mesas, cadeiras, entre outros que possam entrar em contato com secreções e fezes dos indivíduos doentes;
– Retirar da sala brinquedos cujo material seja de difícil higienização (ex. bichos de pelúcia e objetos semelhantes) durante o período de ocorrência do surto;
– Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em latas de lixo fechadas;
– Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos;
– Evitar, na medida do possível, o contato muito próximo com o paciente (como abraçar e beijar);
– Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir;
– Trocar e lavar diariamente as roupas comuns e roupas de cama de doentes, pois podem ser fontes de contágio (principalmente se houver secreção das lesões da pele.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria

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