Professora do IFRS de Osório é destaque em podcast sobre Ciência

Por Ester Ellwanger

Logo que se tornou professora no Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) Campus Osório, por volta de 2010, a engenheira Flávia Santos Twardowski participou de um dos primeiros editais internos de apoio a projetos de pesquisa. Ela teve a ideia de desenvolver um produto diet a partir da batata yacon, que acabou envolvendo duas estudantes do ensino técnico do Instituto — algo inusitado para ela que, à época, atuava somente no ensino superior. O projeto foi tão bem-sucedido que acabou sendo premiado em duas mostras de Ciência.

De lá para cá, Flávia orientou mais de 150 de estudantes do ensino técnico — a maioria mulheres –, já perdeu as contas do número de mostras de ciência das quais participou com suas alunas e alunos (só no exterior foram 13) e acabou implantando dentro do IFRS práticas inovadoras de aprendizagem em STEM (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática) para o desenvolvimento de projetos científicos. Parte dessa história é contada por ela em uma entrevista para a série Mulheres na Ciência, do programa Mentes criativas, soluções inovadoras, que a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace acaba de lançar. O episódio está disponível nas principais plataformas de podcast no canal “Febrace Inspiradores”.

Na entrevista concedida à jornalista Aurea Lopes, Flávia conta um pouco de sua trajetória, da importância do processo de aprendizagem por Steam e o quanto o preconceito ainda é um obstáculo para o ingresso das mulheres na Ciência. Ela mesmo sentiu na pele isso quando anos antes, ao participar de uma banca para concorrer a um cargo de docente em outra instituição, chegou a ouvir de um dos avaliadores que deveria estar em casa parindo (na época, Flávia estava grávida de 6 meses).

Para ela, a Ciência empodera e tem um poder transformador. “Os alunos que participam de projetos científicos, de feiras de ciência, saem completamente diferentes. Além da mudança comportamental, do amadurecimento, eles passam a enxergar o mundo de uma maneira diferente, acabam trazendo para eles mesmos e para a comunidade em que vivem uma mudança de postura”, afirma.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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