Prefeituras seguem orientação do Comitê Técnico e suspendem das atividades geradoras de público

Por Ester Ellwanger

O Comitê Técnico da Região 7 da Covid 19 ratificou há pouco e os prefeitos aprovaram a orientação às prefeituras pela suspensão de atividades públicas geradoras de aglomeração. Esse será o principal compromisso da Região 7 que constará no documento a ser enviado amanhã ao Gabinete de Crise do Governo do Estado que ontem emitiu alerta para a região tendo em vista o substancial aumento no número de contaminados pela Covid-19.

A exemplo do que já ocorre em Campo Bom, Novo Hamburgo e São Leopoldo, as outras 12 cidades da Região 7 serão orientadas a cancelar seus eventos e também a investir em campanhas de chamamento à comunidade quanto aos cuidados básicos de higiene, como uso de máscaras, álcool gel e evitar aglomerações.

A alta procura por atendimento nas unidades de saúde está afetando as redes das principais cidades que, mesmo sem substancial número de internações, enfrentam dificuldades em manter o atendimento tendo em vista a redução das equipes devido ao contágio dos próprios profissionais, período de férias e falta de profissionais terceirizados no mercado.

Contabilizamos essa semana um total de infectados histórico, quase semelhante aos números do auge da pandemia. Não é nossa intenção fechar setores econômicos e penalizar empresas, portanto precisamos contar com a conscientização das pessoas”, destacou o presidente da Associação dos Municípios do Vale do Rio do Sinos – Amvars, Jerri Meneghetti.

No grupo técnico formado por profissionais de áreas de saúde e afins de cidades e entidades da regional, a preocupação também foi com o descuido da comunidade. “Enfrentamos um momento bastante delicado principalmente quanto à sensibilização das pessoas. Muitas agem como se não houvesse mais pandemia. Acreditam que o Ômicron é mais leve e não se cuidam, mas esquecem que todas as variantes podem evoluir para um quadro grave. O vírus pode mutar, mas as pessoas, não podem. Precisam seguir se cuidando”, avaliou Maria Leticia Ikeda, médica e professora do programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Unisinos.

Na mesma linha da colega o virologista e professor da Universidade Feevale, Fernando Spilki, destacou o receio de que a rede pública enfrente seu esgotamento. “Ainda não chegamos no pico da infecção e estamos com números muito próximos ao período de pior crise da pandemia. Não é porque as internações reduziram que a situação não é grave”, pondera, lembrando que o calor que atinge o estado é fator agravante tendo em vista ser gerador de outras enfermidades, sobrecarregando o sistema e podendo intensificar a contaminação.

Além de ações relacionadas aos eventos públicos a Região 7 deve reforçar junto aos estabelecimentos medidas como exigência de passaporte vacinal e higienização.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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