Plataforma Hidroponia quer reproduzir frente parlamentar gaúcha em mais estados brasileiros

Por Jonathan da Silva

O Rio Grande do Sul será o primeiro estado brasileiro a contar com uma frente parlamentar que apoia o cultivo de plantas sem a utilização do solo. A frente de trabalho foi idealizada pela base de negócios Plataforma Hidroponia a partir de uma Cooperação Tecnológica com a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e o gabinete do deputado Issur Koch (PP). Agora a Plataforma Hidroponia busca replicar a iniciativa em outros estados.

Após a realização da frente parlamentar, a meta da Plataforma Hidroponia é, de acordo com o CEO Roberto Luis Lange, reproduzir o modelo em outros estados brasileiros. “A partir da experiência pioneira no Rio Grande do Sul, queremos articular a instituição de bancadas parlamentares em outros estados, oferecendo para produtores, fornecedores e pesquisadores da cadeia reconhecimento por suas contribuições e estímulos para manutenção e crescimento do setor”, explica Lange.

A Plataforma Hidroponia apresenta-se como um elo estratégico de comunicação entre os agentes da cadeia hidropônica, comprometido com o compartilhamento de conhecimento assertivo do setor. A partir da parceria que mantém com mais de 150 consultores, especialistas em diversas áreas que contemplam esse segmento, o “hub” zela por boas práticas no cultivo sem solo.

O presidente da Associação Nacional de Substrato para Plantas (Ansub), Claudimar Sidnei Fior, consultor da Plataforma Hidroponia, considera que a ampliação da visibilidade do setor hidropônico será a principal mudança decorrente da instituição da frente parlamentar. “É importante que o público leigo, que cada vez mais busca por alimentos saudáveis, conheça essa outra modalidade de produção, que pode gerar produtos de excelente qualidade e muito benéficos à saúde”, considera.

Sobre a frente parlamentar

A Frente Parlamentar em Apoio ao Cultivo Sem Solo – Hidroponia no RS será lançada nesta quarta-feira (7), às 11h. Presidida por Issur Koch (PP) e assinada por outros 27 deputados estaduais, seu propósito é apoiar o setor hidropônico na busca pela valorização do cultivo sem solo diante da produção agrícola gaúcha. “Queremos trazer o Parlamento gaúcho para o diálogo sobre o crescimento, os incentivos e a valorização dessa cultura tão importante, respeitando todos aqueles que, há muito tempo, já atuam na área e que querem expandir e fazer o que fazemos de melhor no Rio Grande do Sul: produzir alimentos para o Brasil e para o mundo”, afirma Koch.

A frente atuará em todos os sistemas que não usam o solo para sustentação dos cultivares. Nesse formato, as plantas se desenvolvem em estufas, e suas necessidades nutricionais são supridas por uma solução que circula em um sistema hidráulico. De acordo com o Anuário Brasil Hidroponia, a estimativa é de que a área ocupada com estufas hidropônicas cresça cerca de 30% ao ano no país. As culturas mais difundidas nessa técnica são de folhosas e tomate, mas produtores também cultivam hortaliças, vegetais, frutos, flores, mudas de arbóreas e forrageiras para alimentação animal. No sul do Brasil, onde a maior dificuldade são as baixas temperaturas, o cultivo sem solo ganha espaço principalmente porque o plantio fica protegido das variações climáticas como chuva, geada e vento.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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