Pesquisa revela que 97,6% dos internautas brasileiros são usuários de redes sociais

Por Ester Ellwanger

A Comscore, divulgou uma análise sobre o uso das redes sociais no Brasil e na América Latina durante 2021. Os dados, que foram obtidos por meio de pesquisas proprietárias e métricas de ferramentas confiáveis, indicam que o País tem a maior média de usuários de redes sociais em relação a outros países da região.

A análise da companhia identificou que a penetração dos conteúdos entre os usuários únicos de redes sociais no Brasil atinge um alcance de 97,6%, ultrapassando países como México e Argentina. Além disso, os consumidores brasileiros passaram, em média, mais de 53 horas nas redes durante o último ano; o tempo de consumo foi 19,6% maior em dispositivos móveis e 51,6% menor em aparelhos desktop, o que indica que o uso de mobile é crescente.

“Nossa vida mudou muito nos últimos anos e a maneira como descobrimos, interagimos e tomamos decisões evoluiu completamente. Por isso, a consideração de estratégias nas redes sociais é fundamental para o planejamento holístico de mídia, especialmente em tempos de crise ou incerteza. As redes sociais continuarão a atuar como um canal para atrair os consumidores e é preciso entender e se conectar com o público para expandir a participação das marcas no mercado”, comenta Ingrid Veronesi, diretora sênior da Comscore para Brasil.

Durante 2021, a Comscore monitorou 55,7 milhões de postagens no Facebook, Twitter e Instagram. As publicações geraram 29,8 bilhões de interações entre a audiência, o equivalente a 81 milhões de interações diárias durante o ano. Em relação às categorias com mais alcance, o conteúdo gerado em publishing, mídia e entretenimento e esportes foi responsável por 67% das interações.

Analisando o compartilhamento de interações por rede social, em países como Argentina, Brasil e Chile, o Instagram divide quase que igualmente a audiência com o Facebook. Já México e Peru ainda mantêm porcentagens mais altas no Facebook, mas a interação no Instagram já se mostra como muito relevante.

Ações patrocinadas ganharam espaço

Outro aspecto relevante trazido pelo levantamento, indica que o investimento em conteúdos patrocinados foi crescendo gradativamente no mercado latino-americano nos últimos anos. A Argentina, por exemplo, dobrou o percentual desse tipo de conteúdo entre 2018 e 2021. Já o Brasil ficou com uma das porcentagens mais altas em 2021 (5,2%), atrás apenas do México. Em relação às categorias de anunciantes que mais utilizam esse formato estão: bebidas, vestuário, esportes, programas de TV e varejo.

Alcance dos vídeos e a força do TikTok

O consumo de conteúdos no formato de vídeo também teve um crescimento significativo, entre 2020 e 2021 as visualizações dessas publicações aumentaram 62% na América Latina. Segunda a pesquisa houve 51,6 milhões de postagens de vídeo no Facebook, Instagram e Youtube no último ano. As publicações geraram 505 bilhões de visualizações do público, equivalente a 1.383,5 milhões de visualizações diárias em 2021.

Entre os países, México e Brasil lideram respectivamente o volume de visualizações de vídeos nas redes sociais. Nestas nações, o número de usuários em plataformas de vídeos curtos, como Kwai e TikTok teve crescimento exponencial. O TikTok, por exemplo, atingiu a marca de mais de 53,7 milhões de usuários no Brasil, o Kwai vem logo atrás com mais de 40 milhões de assinantes.

Relevância dos influenciadores

A análise identificou, ainda, a relevância dos influenciadores na relação com o público. Eles foram responsáveis por 8,7% de todas as publicações na América Latina no último ano, e por 49% do total de interações na região. Revendo a categoria, as celebridades são as que geram maior interação entre os seguidores, alcançando 2.768 milhões de ações em 2021. No Brasil, a influenciadora Virginia Fonseca foi quem conquistou o maior volume de interações.

Autonomia do público

A análise identificou também que os consumidores estão mais exigentes em relação a práticas de negócios sustentáveis: 65% deles querem que as empresas tomem uma posição sobre valores ambientais e sociais; 70% dos millennials estão dispostos a pagar mais por produtos e serviços que apoiem uma causa; 74% dos centennials (geração Z) apoiam empresas que assumem uma posição empática sobre problemas que os preocupam; e 93% dos CEOs na lista Fortune 500 discordam que suas empresas devem “se concentrar principalmente em lucro e não se preocupar com objetivos de impacto social”.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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