Parceiros do Crescer Legal discutem as transformações geradas pela pandemia

Por Ester Ellwanger

Com o tema “Pandemia&Metamorfose em rede de aprendizagem”, o Instituto Crescer Legal promoveu nesta quarta-feira, 17 de novembro, o 4º Seminário de Parceiros do Instituto Crescer Legal. O evento foi realizado de forma virtual e contou com a participação de representantes de parceiros da educação e assistência social de diferentes municípios, da equipe do Instituto e de personalidades representando entidades, instituições e empresas. Com realização da consultoria Diatópica, o seminário teve o objetivo de ampliar as reflexões sobre a transformações ocorridas devido à da pandemia.

Ao abrir o evento, o diretor presidente do Instituto Crescer Legal, Iro Schünke, lembrou que a pandemia trouxe diversos desafios que exigiram adaptações e ressaltou a importância das parcerias para a consolidação dos resultados obtidos. Parafraseando Raul Seixas, ele disse que ‘o dia em que a terra parou’ exigiu rápidas metamorfoses, ampliando a condição de ‘metamorfose ambulante’, das pessoas. “As canções previram um futuro que a humanidade acabou vivendo”, comentou. “E agora, a análise das transformações ocorridas e adaptações feitas podem mostrar como isso pode contribuir para o futuro”, disse.

A pandemia terminou com os planos que tínhamos feito e trouxe a consciência do agora, afetou a relação consigo mesmo, com os outros e com o mundo”.

Em momento de sensibilização, a consultora de qualidade de vida, Helen Faria, convidou para uma reflexão sobre os sentimentos individuais que o distanciamento despertou. “A pandemia terminou com os planos que tínhamos feito e trouxe a consciência do agora, afetou a relação consigo mesmo, com os outros e com o mundo”, disse. Ao propor um exercício para a tomada de consciência sobre os sentimentos causados pela pandemia, como medo, raiva, dor, solidão, angústia e estresse, ela observou que são emoções criadas pelas pessoas. “Como são coisas criadas por nós, nós temos a escolha de transformar em algo positivo”, salientou. “Quando se começa a pensar sobre estratégias para superar o que nos inquieta, se cria novas asas. E quando a gente transforma nossas dores em asas a gente voa. Cabe a nós escolher a transformação do que queremos ser para nós, para o outro e para o mundo”, finalizou.

Na sequência, a discussão foi conduzida pela advogada, socióloga e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), doutora Ana Paula Motta Costa. Ao comentar que o trabalho em rede é muito importante para o Instituto, ela lembrou que o período de pandemia mudou conceitos sobre o que se pensa de educação, da vida e sobre aprendizagem. “A pandemia nos transformou e esse novo momento veio cheio de dificuldade, pois está diferente voltar, já que não é mais a mesma situação, o mesmo lugar em que estávamos”, disse. “Agora vem o novo momento de se adaptar, pois se volta e encontra o mundo transformado”.

Em entrevistas com representantes de participantes dos projetos do Crescer Legal, Ana Paula Motta Costa questionou sobre as metamorfoses percebidas, o que foi possível aprender com as experiências, quais as dificuldades encontradas, o que será diferente a partir de agora e sugestões de adaptações para o retorno após as transformações vividas. Participaram do bate-papo a educadora social Taciane Lais da Silva Velázquez, a aprendiz Camily Vitória Ferreira, a egressa Hayssa Nathalia da Silva Severo e a Cátia Buttow, professora de Canguçu/RS e egressa do Programa Boas Práticas de Empreendedorismo para Educação.

Um aprendizado que vai ficar é o uso da tecnologia para estarmos conectados, pois agora se sabe que dá para acessar mais parceiros e conhecimentos”.

Para a educadora Taciane Velázquez, a pandemia revelou a importância da motivação entre os colegas, para planejar as atividades e dar continuidade ao trabalho desenvolvido. “Um aprendizado que vai ficar é o uso da tecnologia para estarmos conectados, pois agora se sabe que dá para acessar mais parceiros e conhecimentos”, disse. “Outro aprendizado é estarmos preparados para montarmos estratégias de adaptações, pois faz parte da vida a gente se adaptar e resolver os problemas que surgem”, completou.

A aprendiz Camily Vitória Ferreira, de Santa Cruz do Sul/RS, explicou que foi importante aprender a conciliar a rotina de estudar em casa com as tarefas da escola e do curso de aprendizagem. “Meu pensamento mudou bastante, aprendi muito e o principal foi dar valor ao que realmente importa, que é a vida”, falou. “Acredito que tudo o que passamos na pandemia fez com que descobríssemos coisas novas, como as plataformas de conexão e voltamos mais conectados do que antes”, salientou. E a egressa Hayssa Severo, de Sinimbu/RS, disse que a experiência ensinou sobre a importância da adaptação a diferentes situações.

Já a professora Cátia Buttow contou que foram muitos os desafios para os educadores, pois a mudança foi repentina e tornou-se necessário aprender a usar as tecnologias. “De repente, era fundamental usar as tecnologias para chegarmos aos alunos e às famílias”, comentou. “E agora está sendo uma realidade diferente para os educadores e precisamos fazer com que a nossa prática pedagógica chame a atenção através da tecnologia”, concluiu.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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