Em 2022, Novo Hamburgo dispôs cerca de 51 mil toneladas de resíduos no aterro sanitário em Minas do Leão. O montante, além do custo financeiro para o município, contribui para a poluição ambiental. Essa quantidade pode reduzir se cada indivíduo, empresa e instituição separar os materiais que serão descartados. Conforme anunciado na segunda-feira (5), data que marca o Dia Mundial do Meio Ambiente, a coleta seletiva passa a atender todos os bairros da cidade.
É preciso disseminar a importância sobre a preservação dos recursos naturais e a adoção de práticas sustentáveis em nosso dia a dia.
Autor do requerimento, Raizer destacou a importância da preservação e conscientização ambiental. “Diante dos desafios que enfrentamos em relação ao meio ambiente, é fundamental compreendermos a urgência de agir de forma efetiva para garantir o progresso sustentável. Dados e estatísticas nos mostram a gravidade do aquecimento global, do desmatamento desenfreado, da poluição do ar e de outros problemas. É preciso disseminar a importância sobre a preservação dos recursos naturais e a adoção de práticas sustentáveis em nosso dia a dia”, afirmou o vereador, lembrando que a preservação está diretamente ligada à qualidade de vida da população.
Ao ocupar a tribuna, Fontoura falou sobre a expansão do sistema de coleta seletiva de resíduos para 100% do município, após a inclusão dos bairros que não possuíam o serviço: Alpes do Vale, Diehl, Roselândia, São Jorge e São José.
O secretário, que destacou a apresentação na Câmara como parte das atividades da Semana do Meio Ambiente, mencionou a presença em plenário de catadores das cooperativas Univale e Coolabore, responsáveis pela separação e coleta dos materiais recicláveis, e de representante da empresa para onde são levados os itens orgânicos, para explicar ao público como eles podem ser depositados de maneira sustentável. “Novo Hamburgo não manda seu lixo para um aterro. Envia para um local onde há uma destinação ambientalmente correta e onde há um beneficiamento desse resíduo.”
Engenheira ambiental e consultora comercial da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), Luiza Lamb, explicou o funcionamento do aterro sanitário, localizado em Minas do Leão, uma obra de engenharia projetada, construída e operada para que nenhum subproduto da decomposição dos resíduos polua os rios, os lençóis freáticos e o ar. “Nosso aterro conta com todo um sistema de coleta e drenagem de gases e de líquidos. O chorume é direcionado para a nossa estação de tratamento de efluentes, e o gás, composto majoritariamente por metano, é encaminhado para a biotérmica, onde é gerada energia elétrica.” Ao final da explicação, apresentou um vídeo institucional da empresa.
“Em 2022, Novo Hamburgo dispôs 51 mil toneladas em Minas do Leão. Isso equivale a 560 gramas de resíduo por habitante/dia. É o resíduo que cada um de vocês gera por dia. Como vocês puderam ver, a empresa valoriza o resíduo com responsabilidade e segurança. Mas existe algo que nem a empresa nem o município podem fazer, que é o papel de cada um de nós. A nossa responsabilidade como consumidores começa lá na prateleira quando a gente escolhe comprar um produto, mas ela não acaba quando a gente coloca o saquinho de lixo lá no contêiner. A nossa responsabilidade acompanha todo o ciclo de vida do produto. Mas será que nós estamos assumindo essa responsabilidade?”, questionou, pedindo para que todos passem a separar os materiais.
Fala dos vereadores
Uma categoria que precisa ser visibilizada porque eles verdadeiramente cumprem o papel de agente social e ambiental.
Enio Brizola (PT) iniciou saudando os cooperativados pelo Dia Nacional dos Catadores de Recicláveis, comemorado no dia 7 de junho. “Uma categoria que precisa ser visibilizada porque eles verdadeiramente cumprem o papel de agente social e ambiental. Ser catador é uma profissão. Não é uma tarefa secundária, é uma tarefa nobre.” Apontou ainda a conquista pelo pagamento dos serviços públicos prestados à comunidade hamburguense e do prêmio de cidade sustentável, por meio do programa Catavida.
Ricardo Ritter – Ica (PSDB) falou sobre a visita realizada pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara à sede da CRVR em junho do ano passado. O vereador confirmou as informações da engenheira ambiental sobre a qualidade dos serviços prestados no aterro em Minas do Leão. “Novo Hamburgo destina cerca de R$ 2 milhões por mês entre coleta, transbordo e o depósito final. São valores que podemos diminuir, se reduzirmos a carga a ser destinada para lá. Então, precisamos trabalhar intensamente na educação, porque precisamos nos preocupar cada vez mais com isso.”
Por fim, Luiza Lamb informou que a empresa conta com o programa Portas Abertas e convidou a todos que tenham interesse em conhecer as unidades da CRVR a agendar uma visita por meio do site da companhia.
Confira o roteiro da coleta seletiva.