Investimentos em bens de capital crescem na indústria gaúcha

Por Jonathan da Silva

A indústria gaúcha registrou crescimento de 13,5% nos investimentos em bens de capital nos últimos 12 meses (de março de 2023 a fevereiro de 2024), o que equivale a um aumento de R$ 1,6 bilhão nas aquisições de ativos imobilizados, como máquinas e equipamentos, em comparação com o mesmo período anterior. Os números foram divulgados pela Receita Estadual na última semana, no boletim econômico-tributário setorial publicado na revista RS360.

Conforme o levantamento, o setor industrial investiu R$ 13,6 bilhões na compra de bens utilizados na linha de produção durante o período analisado. A taxa de investimento, que compara a evolução das compras no período, vem registrando crescimento desde março do ano passado, atingindo 2,56% em fevereiro, terceiro maior índice do período. Os maiores aumentos foram registrados pelas indústrias de madeira, cimento e vidro e energia elétrica, que elevaram em R$ 412 milhões e R$ 225 milhões o volume de aquisições, respectivamente.

O valor adicionado da indústria, dado que indica o potencial da margem de lucro do segmento ao calcular a diferença bruta entre as compras e as vendas dos setores, mostrou um avanço de 5% nos últimos 12 meses. Trata-se de uma expansão de R$ 9,3 bilhões no período, o que sinaliza para uma redução do custo na aquisição de insumos, apesar da queda no volume financeiro de vendas registrado nos últimos meses. Os setores metalomecânico, agropecuário e de bebidas assinalaram os maiores avanços no valor adicionado.

Na análise das vendas por setor, os indicadores revelam um crescimento de 17,3% nas comercializações da indústria arrozeira – a maior variação entre os segmentos analisados no boletim. Em valores absolutos, a comercialização aumentou R$ 2,9 bilhões, chegando a um montante de 20,2 bilhões no agregado dos últimos 12 meses. O destaque foi para as vendas a outros estados, que registraram uma alta de 32% no período.

Para especialistas, o grau de investimento em bens de capital sinaliza a disposição das empresas em ampliar a capacidade de produção e é fundamental para projetar o desempenho da indústria. A expansão desse tipo de aporte financeiro também pode se reverter em geração de emprego e renda no Rio Grande do Sul.

Foto: Dmitrii Bardadim/Pixabay/Divulgação | Fonte: Assessoria
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