Hoje pela manhã (17), no Polo de Triunfo, a Abiquim realiza cerimônia de anúncio de investimentos da ordem de R$ 759,3 milhões no setor químico. Na ocasião, empresas do setor – Braskem, Innova, Grupo OCQ e Unipar – farão seus respectivos anúncios de investimentos, fruto do Regime Especial da Indústria Química (Reiq Investimento) que beneficia centrais petroquímicas e indústrias químicas que se comprometerem a ampliar sua capacidade instalada ou a instalar novas plantas.
A cerimônia do anúncio, será feita com a presença do vice-presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; do prefeito e vice-prefeito de Triunfo, respectivamente Marcelo Essvein e Roniel Viegas; do presidente da Frente Parlamentar da Química, Deputado Federal Afonso Motta e autoridades do Governo Federal e Estadual, além de representantes do setor químico e sindicatos.
Do montante total de investimentos, R$ 614 milhões são relacionados a sete projetos da Braskem nos estados do Rio Grande do Sul, Alagoas e Bahia. A Innova investirá R$ 73,3 milhões; a Unipar, R$ 57 milhões; e o Grupo OCQ, R$ 15 milhões. Somados aos investimentos dessas empresas, há ainda nove projetos em análise pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço (MDIC), totalizando no geral cerca de R$ 1 bilhão.
Segundo André Passos Cordeiro, a retomada do Reiq, sobretudo a implementação do Reiq Investimento demonstra claramente o reconhecimento do Governo Federal sobre a importância da indústria química nacional para a economia do País, um setor que gera 2 milhões de empregos diretos e indireto, se destaca pela mão de obra qualificada e tecnologia de ponta e representa 11% do PIB Industrial. O setor químico ocupa a primeira colocação na lista de contribuintes de tributos federais com R$ 30 bilhões anuais, ou seja, 13,1% do total da indústria nacional.
É um trabalho conjunto, enfatiza Passos, onde todos acabam ganhando, setor químico que está na base de diversas cadeias produtivas, o cidadão brasileiro com a geração de mais postos de trabalho e a economia do País. “A indústria química brasileira, líder em química de renováveis é a 6ª maior indústria do mundo, com um faturamento líquido de USD 158,6 bilhões, registrado em 2024 e tem potencial para crescer muito mais”, afirma Passos.
Ele complementa que a falta de competitividade enfrentada pelo setor há décadas e intensificada, mais recentemente, pela invasão de importações predatórias fez com que o setor atingissse o menor patamar de produção e vendas dos últimos 17 anos e o maior nível de ociosidade no uso da capacidade instalada dos últimos 30 anos. “Esse cenário refletiu diretamente na arrecadação do Estado. Em 2023, por exemplo, o recolhimento de tributos federais advindos da indústria química recuou em R$ 8 bilhões, o que significa queda também em investimentos em políticas públicas locais. Isso representa menos recursos para nossa saúde, para a educação, investimentos em moradias, segurança para nossas famílias e tantos outros benefícios que o Brasil perde. Não existe país forte, sem uma indústria forte”, finaliza o presidente-executivo da Abiquim.
Roberto Ramos, CEO da Braskem, também afirma que o Reiq veio em um momento estratégico para ajudar na sobrevivência do setor químico brasileiro, além de resgatar a competitividade e a relevância da indústria. “Como consequência, trará inúmeros benefícios à economia brasileira, com o aumento da produtividade industrial, trará mais renda e arrecadação ao país.”
Para o vice-presidente da Innova, Reinaldo J. Kröger, a empresa tem o grande orgulho de ter sido pioneira na apresentação de projetos ao Regime Especial da Indústria Química. “Somos uma companhia que, ponta a ponta na sua linha do tempo, tem investimentos intensivos a apresentar. Os R$ 73,3 milhões, oriundos do REIQ, foram mobilizados em curto prazo nas nossas três plantas industriais, em Triunfo (RS) e Manaus (AM), implementados a partir de março de 2024 e serão concluídos até agosto de 2025. Ao conquistarmos condições de competitividade, abrimos uma janela de oportunidade para entregar o que temos de melhor: nossa capacidade de trabalho, intenso e criativo”.
Já para Francisco Fortunato, presidente do Grupo OCQ, a empresa tem apoiado a ABIQUIM, junto a outras empresas do segmento, no trabalho em prol das medidas que trazem competitividade e estímulo para investimentos no setor químico brasileiro. “O setor é estratégico para o fortalecimento da indústria nacional e impacta toda a sociedade, seja na geração de empregos, na demanda por serviços, ou estando presente na cadeia produtiva de inúmeros produtos que as pessoas utilizam no dia a dia.” E complementa: “A química é fundamental para a vida. Nós, do Grupo OCQ, acreditamos no potencial da indústria química brasileira para a retomada do crescimento econômico do país. Assim como fizemos até hoje, buscamos constantemente oportunidades de crescimento do negócio por meio de inovação, produtos cada vez mais sustentáveis, instalação de novas plantas industriais e geração de novos empregos. Estamos confiantes no avanço das medidas benéficas a este setor, que é a base para tantos outros.”