Junto à pandemia, às máscaras e ao distanciamento social, a acessibilidade para pessoas surdas que utilizam a leitura labial para a comunicação ficou comprometida. Foi pensando em solucionar essa questão que a IENH, em conjunto com a colaboradora Deise Schroer, propôs o uso de tecnologia assistiva para os diálogos na Central de Atendimento da Unidade Fundação Evangélica.
No projeto Tecnologia assistiva para colaboradores surdos em tempos de pandemia: melhorias na comunicação com a Central de Atendimento da Unidade Fundação Evangélica da IENH, escrito e desenvolvido por Deise, um tablet com o aplicativo Hangouts foi a solução proposta para intermediar as conversas.
Coordenadora da Central de Atendimento, Daiani Arruda fala que “com a utilização das máscaras como principal e importante item de proteção contra a Covid-19, a comunicação por leitura labial ficou complicada e arriscada”. Por isso, surgiu a necessidade de “adaptar o atendimento no setor, promovendo uma comunicação inclusiva”. Ela conta, também, que o projeto foi iniciado após uma conversa com a Vice-Diretora de Ensino Superior e Educação Profissional Renata Roos, que sugeriu o uso de tecnologias como facilitadora da comunicação.
“Por ser surda e conhecer melhor as necessidades e formas de adaptação quanto às ferramentas de tecnologia assistiva, fui convidada a desenvolver o projeto. Em conversa com a equipe de Tecnologia da Informação e os envolvidos, os formatos foram estudados até encontrar a solução mais apropriada para o momento. A escolha do aplicativo Hangouts se deu pela viabilidade de acesso e layout da plataforma”, conta.
Para a colaboradora, “essa experiência é muito significativa por se tratar de um novo desafio em tempos de pandemia”. Ela complementa dizendo que “a Instituição sempre esteve à frente nesse quesito, demonstrando constante preocupação com a integração e a inclusão de portadores de deficiência, independentemente do tipo e grau de deficiência”.
Além disso, Deise comenta que o projeto também tem o objetivo de mostrar que há possibilidades e oportunidades viáveis para integrar e promover a inclusão de pessoas com deficiência. “Muitas vezes não há necessidade de investir em projetos caros e tecnologias mais avançadas para promover a inclusão e a comunicação entre pessoas ouvintes e surdos”, pontua.
Agradecimento
Mesmo com o projeto já implementado, a evolução no processo é constante. Deise diz que foi “muito gratificante” perceber o envolvimento de todos para o “bem-estar das pessoas, valorizando cada colaborador, os seus potenciais, limitações e na promoção de uma integração inclusiva”. Segundo ela, “as oportunidades concedidas dão motivação para melhorar” suas competências e habilidades.