A Prefeitura de São Leopoldo e a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) confirmaram a continuidade do curso de Português como Língua de Acolhimento (PLAc) para migrantes. A decisão foi anunciada após uma reunião realizada nesta quinta-feira (6), na Prefeitura, entre representantes da Secretaria de Direitos Humanos (Sedhu) e da Unisinos. A nova turma está prevista para iniciar no final de março.
O encontro contou com a presença do secretário de Direitos Humanos, Leonardo Klaus, da coordenadora do PLAc, professora Graziela Andrighetti, e de integrantes da equipe da Sedhu, incluindo a assistente social Gabriela Chaves, a psicóloga e professora da Unisinos, Vilene Moehlecke, e as estagiárias de Psicologia Amanda Silva e Roberta Alves.
Durante a reunião, Klaus destacou a importância da parceria para a integração dos migrantes na sociedade. “A Sedhu está à disposição para seguirmos apostando nessa parceria. As articulações entre a Universidade e a Prefeitura são fundamentais para um trabalho integrado, em prol dos migrantes que aqui já estão e deste modo combatermos o preconceito e a xenofobia, promovendo o acolhimento e cuidado”, afirmou o secretário.
História do projeto
A professora Graziela Andrighetti apresentou um panorama do PLAc, que faz parte do Tarin – Programa de Educação e Atenção Humanitária a Migrantes e Refugiados da Unisinos. Criado em 2018 em parceria com o município de Esteio, o projeto começou atendendo venezuelanos do Programa de Interiorização de Migrantes. Em 2021, passou a atuar também em São Leopoldo, formando desde então oito turmas na cidade.
A cada semestre, uma nova turma é aberta, reunindo migrantes de diferentes nacionalidades, como venezuelana, haitiana, cubana, síria, marroquina e senegalesa. “Eles aprendem o português, mas a aprendizagem do idioma acaba sendo um elo para muitas outras questões, como a interculturalidade, os diálogos interculturais, as trocas, as grupalidades e o conhecimento dos direitos e das normas locais”, explicou Graziela.
Apoio da Sedhu e certificação MigraCidades
A Sedhu seguirá fornecendo lanches aos participantes e, nesta edição, a equipe de Psicologia da Secretaria oferecerá espaços de escuta, compartilhamento de experiências interculturais e rodas de conversa sobre temas de interesse dos estudantes.
O curso faz parte das iniciativas de acolhimento da população migrante reconhecidas pelo Selo MigraCidades, desenvolvido pela ONU e pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A Prefeitura de São Leopoldo recebeu essa certificação por cinco anos consecutivos.
Inscrições
As informações sobre inscrição serão divulgadas em breve no site da Prefeitura e nas redes sociais da Sedhu e do Tarin. Interessados também podem entrar em contato pelos e-mails migracidades@saoleopoldo.rs.gov.br ou tarin@unisinos.br.