A música gaúcha já revelou importantes nomes no país e, impulsionado pela curiosidade de descobrir novos sons, o selo Honey Bomb Records idealizou e produziu a coletânea Sons que vêm da Serra, que reúne músicas autorais e inéditas de artistas de cidades como Caxias do Sul, Gramado, Bento Gonçalves, São Marcos e outras. Além do lançamento hoje (14) em todas as plataformas de streaming, as faixas ganharam vídeos, que podem ser conferidos no canal da Honey Bomb.
O responsável pela curadoria e direção criativa do projeto, Jonas Bender Bustince, também músico e produtor, selecionou os sons que foram captados no estúdio Noise Produtora, em Caxias do Sul, entre junho e agosto deste ano. A produção musical ficou por conta de Francisco Maffei e a engenharia de Som de Carlos Balbinot e Fabrício Zanco.
“O objetivo maior do projeto foi buscar artistas e composições que de alguma forma representassem em essência viver nessa região específica do país, neste ano de 2019. Por trás de cada som tem uma história envolvida, vidas entrelaçadas, parcerias, resgates, desabafos. Quis mostrar a pluralidade criativa e humana dessa região através das dez faixas. Foi um processo difícil, mas também prazeroso, ouvir as quase 70 demos inscritas no edital. Fui surpreendido com a diversidade musical autoral que os artistas da serra vêm produzindo”, comenta o curador Jonas Bustince.
“Fui surpreendido com a diversidade musical autoral que os artistas da serra vêm produzindo.”
Com projetos solos ou grupos, nomes como Slam das Manas, Gabrre, Maria Rita Stumpf e João Gôsto, Jagunço, Araucana, OLO, Bloco da Ovelha, TeTo, Bardos da Pangeia, e também uma parceria entre a banda local Não Alimente os Animais e o senegalês Mohamed Aw compõem uma lista musicalmente diversa com produções de Caxias do Sul, Bento Gonçalves, São Marcos e Gramado, além de músicos nascidos em outras cidades da região, como São Francisco de Paula, Farroupilha, Antônio Prado e Serafina Corrêa.
“É uma região inevitavelmente inspiradora para a música e para as artes, seja pelas suas características naturais, climáticas, culturais ou econômicas. A natureza pulsante convive com a frieza das indústrias e o perímetro urbano se encontra rapidamente com as colônias, nome que ainda damos para as áreas rurais daqui. Acho que dá pra sentir isso em cada uma das músicas, gente que sabe como é viver aqui, mas que se conecta com o restante do mundo e das suas infinitas linguagens”, completa Jonas.
“É uma região inevitavelmente inspiradora para a música e para as artes, seja pelas suas características naturais, climáticas, culturais ou econômicas.”
Cada faixa da coletânea é acompanhada por um vídeo que alterna entre momentos de gravações em estúdio e imagens dos artistas em diferentes locações. O lançamento é digital e em CD acompanhado de uma revista com conteúdos sobre os artistas, as músicas e o processo de produção.


