Frente contra Doutrinação Ideológica no Ensino é lançada na Assembleia Legislativa

Por Marina Klein Telles

A Frente Parlamentar contra Doutrinação Ideológica no Ensino foi lançada na segunda-feira (27), em cerimônia realizada no Memorial da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

O proponente da Frente, deputado Capitão Martim (Republicanos), destacou que a doutrinação no ensino tem se tornado cada vez mais comum nas escolas e universidades. “Pessoas investidas de autoridade perante um grupo de alunos busca impor suas visões de mundo, posições políticas, sem dar espaço para o questionamento ou a discussão. Querem formar massa de manobra. E não alunos com sucesso nas matérias necessárias à sua formação acadêmica”, frisou.

O evento de lançamento contou com depoimentos de profissionais da área de ensino, representantes da sociedade civil, associações de pais e mestres, instituições de ensino públicas e privadas, universidades e escolas cívico-militares que falaram sobre práticas educacionais e os perigos da doutrinação. “A educação deve ser um espaço de pluralidade e de livre pensamento, sem que seja influenciada por ideologias políticas”, afirma o deputado Capitão Martim. “Esta frente parlamentar tem o objetivo de garantir que as crianças e jovens recebam uma educação de qualidade, que os prepare para o futuro”.

União de esforços

Coordenador em Brasília da Frente Parlamentar Contra a Doutrinação, o deputado federal Zucco elogiou a iniciativa do deputado Capitão Martim, reforçando que o combate à ideologia no ensino abrange todos os estados da federação. “Queremos respeito aos professores que se dedicam à grade curricular. Queremos respeito a nossas crianças. Parabéns ao meu irmão Capitão Martim pela iniciativa. Precisamos unir esforços. Essa pauta é de todos”.

Objetivos da Frente

A Frente Parlamentar Contra a Doutrinação Ideológica no Ensino tem como objetivo promover debates e ações para combater a influência ideológica no ambiente escolar.

Conforme o deputado, os prejuízos causados aos alunos por pessoas que atuam com a intenção de imprimir seu viés político-ideológico precisam ser combatidos. Martim apontou que a doutrinação no ensino pode corromper a formação moral adquirida em casa, além de colocar em risco todo o sistema educacional. “Estamos vivendo uma violência ideológica no ensino. Não podemos permitir que as escolas sejam utilizadas como instrumento de uma causa menor que não a própria educação”, afirmou.

Martim destacou que a transmissão de conhecimento molda a visão de mundo dos estudantes. “No entanto, quando a ideologia prevalece sobre a imparcialidade e o pensamento crítico, o ensino é distorcido”, disse.

O deputado Capitão Martim citou diversos relatos sobre a militância pessoal de quem deveria estar ensinando, que buscam impor seus interesses aos alunos através de conteúdos tendenciosos, manipulados e de informações com uma perspectiva unilateral sobre política. “Essa violência ideológica ocorre em diferentes áreas curriculares com abordagens influenciadas por uma perspectiva que promove valores e crenças deturpadas, ao mesmo tempo em que marginalizam pontos de vista contrários”, afirmou.

O parlamentar ressaltou que militantes estão ocupando posição privilegiada em relação aos alunos. “Aqueles que tendem a estimular a divisão de classes, a desestruturação familiar, ou a contestação de valores fundamentais que moldam a sociedade devem ser contidos”, disse.

Defesa da imparcialidade educacional

O deputado defendeu que o ambiente escolar deve buscar a imparcialidade, apresentar múltiplas perspectivas e promover o pensamento crítico. “Os estudantes devem ser encorajados a questionar, debater e formar suas próprias opiniões com base em informações confiáveis e fundamentadas, em vez de serem forçados a uma ideologia específica”, afirmou.

Martim também destacou que é responsabilidade dos professores e equipes pedagógicas garantirem que o ensino seja livre de viés ideológico. “A pluralidade de pensamento e o respeito às diferenças enriquecem o desempenho educacional e preparam os estudantes para uma participação ativa na sociedade”, frisou. “Antigamente a pergunta era: que mundo queremos deixar para nossos filhos? Mas hoje, a pergunta é: que filhos queremos deixar para o mundo? Vamos resgatar a educação! ”, pontuou.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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