O posicionamento contrário a qualquer prorrogação dos contratos de concessão com a Ecosul no sul do RS foi reafirmado pela Federasul após votação em reunião de integração estadual conjunta, ouvindo presidentes de filiadas, diretores e conselheiros de todos os setores da economia. De acordo com a entidade, a renovação com a mesma empresa não atende ao interesse público quando afasta a livre concorrência em nova licitação. O posicionamento é endossado pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no RS (Setcergs).
Na nota, em manifestação conjunta com as entidades coirmãs signatárias, representativas de trabalhadores e empreendedores da classe produtiva, a federação busca trazer voz a milhões de usuários insatisfeitos com o atual modelo de concessão no Polo Sul do RS, sustentado por o que a Federasul define como “um contrato ultrapassado que penaliza o desenvolvimento sócio econômico e a competitividade gaúcha por tempo demasiado”.
A entidade reforça que a livre disputa entre várias empresas em nova licitação possibilita a oferta de tarifas de pedágio mais baixas para toda população, com melhores serviços, reduzindo custos de transporte e trazendo maior competitividade ao Super Porto dos gaúchos, nas importações e exportações tão necessárias ao nosso desenvolvimento socioeconômico. “No mesmo sentido, na década de 90, as empresas que disputavam concessões utilizavam em suas ofertas taxas internas de retorno muito superiores as que se percebem praticadas na década de 2020, não fazendo sentido para o bem comum afastar a livre concorrência que beneficia a sociedade”, destaca a nota.
A renovação de contratos muito antigos terminaria replicando mais uma vez os equívocos da década de 1990, que resultaram em notória insatisfação dos usuários, com serviços precarizados e preços muito altos ao longo das últimas décadas, inviabilizando condições mínimas de competitividade para que o Rio Grande do Sul se recupere da maior tragédia climática de sua história”, afirma a nota da Federasul.