Exportações de componentes para calçados registram incremento de 22% em 2021

Por Ester Ellwanger

Dados elaborados pela Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) apontam que, em 2021, as exportações do setor somaram US$ 410,3 milhões, 22% mais do que em 2020 e 9% acima do registro de 2019, não somente recuperando, mas ultrapassando os níveis registrados na pré-pandemia.

O incremento dos embarques teve como motivação uma série de fatores macroeconômicos, com destaque para o aumento dos custos de transporte, que inibiu as importações asiáticas, especialmente para os vizinhos latino-americanos. O gestor de Mercado Internacional da Assintecal, Luiz Ribas Júnior, destaca que, além dos custos logísticos, influenciaram os resultados a escassez de matérias-primas no mercado internacional, o que fez com que calçadistas do mundo inteiro voltassem os olhos para os fornecedores brasileiros, que possuem um dos clusters mais completos do mundo. “O resultado mostra a importância da indústria brasileira de insumos e químicos para calçados e couros no mercado internacional, fortalecendo ainda mais a imagem nacional de contar com soluções completas”, avalia.

Segundo o relatório da Assintecal, o principal destino das exportações de componentes brasileiros foi a China (US$ 85,54 milhões, 6% mais do que 2020 e 49% mais do que 2019), seguido pela Argentina (US$ 52,14 milhões, incrementos de 241% ante 2020 e 157% sobre 2019), México (US$ 7 milhões, incremento de 29% sobre 2020 e queda de 18% ante 2019) e Colômbia (US$ 5,3 milhões, incrementos de 58% sobre 2020 e de 5% sobre 2019).

 

América Latina

Júnior comenta que cerca de metade dos embarques realizados foram para mercados latino-americanos. “São mercados com alta produção de calçados e que sentiram as dificuldades logísticas para importar da China. Os fornecedores brasileiros souberam identificar a oportunidade e colheram excelentes resultados. O desafio, para o qual a Assintecal está preparando esses fornecedores, é manter e ampliar essa performance mesmo diante da normalização dos fluxos de abastecimento no mercado internacional”, acrescenta o gestor.

 

Origens

O Rio Grande do Sul foi o maior exportador de componentes do período, com US$ 245 milhões em receitas geradas, 9% mais do que em 2020 e 5% menos do que em 2019. A segunda origem foi Santa Catarina, com receita de US$ 28,64 milhões, incremento de 8% sobre 2020 e queda de 4% sobre 2019. A terceira origem das exportações foi a Bahia, com US$ 23,8 milhões gerados, 425% mais do que em 2020 e 167% mais do que em 2019. São Paulo foi a terceira origem, com receita de US$ 19 milhões, resultados superiores tanto ante 2020 (44%) quanto no comparativo com 2019 (14%).

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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