Com realização da Black Friday nesta sexta-feira (29), a atenção dos consumidores se volta não apenas para as promoções, mas também para os riscos de golpes online. Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), três em cada dez consumidores enfrentaram fraudes ou tentativas de golpe durante compras virtuais em 2024. A consultora de segurança da informação da Netfive, Raquel Lupion, ressalta que a melhor forma de evitar prejuízos é a prevenção. No entanto, caso o consumidor seja vítima de um golpe, é possível reduzir os impactos financeiros com ações rápidas.
Raquel orienta que o primeiro passo é entrar em contato com o banco ou a operadora do cartão de crédito para relatar a fraude e bloquear o cartão. “Reunir provas, como prints de conversas ou anúncios suspeitos, pode facilitar a correção do problema. Essas evidências são valiosas para o banco e, se necessário, para as autoridades policiais”, explica a especialista.
Em casos graves, recomenda-se registrar um boletim de ocorrência na Delegacia de Crimes Cibernéticos. “As evidências ajudam a materializar a fraude e podem ser cruciais para a investigação”, destaca Raquel.
Comunicação com empresas e plataformas
Se o golpe envolver o uso do nome de uma marca legítima, é importante notificar a empresa real. “Entre em contato com a marca para informar que seu nome está sendo usado em fraudes. Muitas empresas têm equipes que investigam esses casos e podem colaborar para derrubar anúncios ou sites fraudulentos”, orienta a consultora.
Nos casos que envolvem marketplaces, como Mercado Livre ou OLX, Raquel recomenda denunciar os perfis golpistas. “Informar a plataforma ajuda a bloquear o acesso dos criminosos, protegendo outros consumidores de serem enganados”, ressalta a especialista.
Conscientização e segurança coletiva
Além de ações individuais, Raquel enfatiza a importância de contribuir para a segurança coletiva. Denunciar e-mails fraudulentos como phishing ou spam pode ajudar a melhorar os filtros de segurança de plataformas e provedores de e-mail.
A consultora também destaca que muitas vítimas hesitam em divulgar que foram enganadas, o que pode limitar a conscientização. “Precisamos entender que todos somos vulneráveis. Compartilhar experiências ajuda a prevenir novos crimes e a fortalecer o combate a essas práticas”, afirma Raquel.