Delegado destaca avanços no acolhimento às mulheres vítimas de violência em Novo Hamburgo

Por Amanda Krohn

Em alusão ao Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher, celebrado nesta segunda-feira (10), a Câmara abriu sua sessão plenária com um debate sobre os canais de acolhimento disponibilizados às vítimas de agressão em Novo Hamburgo. A convite do vereador Raizer Ferreira (PSDB), o delegado Rafael Sauthier repassou uma série de avanços coletivos conquistados nos últimos anos para a concretização de espaços humanizados de atendimento e o empoderamento feminino.

Representando a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) do município, Sauthier iniciou sua fala enaltecendo as novas legislações federais que criminalizaram condutas, endureceram o tratamento aos agressores e ofereceram proteção às mulheres. “A Polícia Civil e a Brigada Militar estão se adaptando a essa nova visão e oferecendo à população serviços diferenciados. Um dos canais que julgo dos mais importantes é a Sala das Margaridas. Um espaço que acolhe mulheres vítimas de violência doméstica, evita que elas fiquem aguardando atendimento junto a outras pessoas e oferece a atenção de um profissional, preferencialmente mulher, com treinamento específico para lidar com essas questões. Um ambiente mais humanizado e adequado às suas necessidades”, frisou.

O delegado ressaltou ainda o projeto Elas por Elas, que disponibiliza aulas gratuitas de defesa pessoal, e a articulação dos diferentes atores dessa estrutura de acolhimento para ajudar o maior número possível de vítimas. “Quando o agressor descumpre medida protetiva, por exemplo, isso é imediatamente comunicado ao foro. Temos uma rapidez muito grande, com a expedição de prisão preventiva. Mas é importante que a mulher faça o seu papel, denunciando, procurando a rede de atendimento. Ela não pode sofrer sozinha e calada”, complementou.

Raizer Ferreira salientou a atuação da Procuradoria Especial da Mulher da Câmara, atualmente sob o comando da vereadora Tita (PSDB), para a criação da Rede Integrada Laço Lilás, que desde 2017 reúne entidades voltadas para o atendimento a vítimas de violência de gênero. “Uma a cada quatro mulheres já passou por esse tipo de violência dentro das suas casas. O Brasil é o sétimo colocado em um ranking entre países que mais matam mulheres. Temos que reforçar todos os dias que existe uma rede de apoio para servi-las”, pontuou. “As mulheres estão conseguindo ajudar umas às outras muito em função dessa rede de atendimento”, colaborou Tita.

Foto: Jaime Freitas/CMNH/Divulgação | Fonte: Assessoria
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