O presidente da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco), Gilson Becker, participou nesta quarta-feira (7) de uma audiência pública virtual promovida pela Câmara Setorial do Tabaco da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina. O encontro teve como foco a discussão de estratégias para a 11ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP-11), que será realizada em novembro, na Suíça, e o Projeto de Lei 10/2023, que tramita na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.
Durante a audiência, foram debatidos os impactos que a COP-11 pode trazer para os territórios produtores. Segundo Becker, as decisões tomadas no evento extrapolam o campo sanitário e atingem diretamente o sustento de milhares de famílias rurais do Sul do país. “Não é apenas um debate técnico, é um movimento com impactos sociais profundos. Nosso papel é dar voz aos produtores e mostrar que essa cadeia é feita por gente que trabalha e precisa de respeito”, afirmou o presidente da Amprotabaco.
Becker também enfatizou a necessidade de que o Brasil atue com responsabilidade e soberania nas discussões internacionais. “A representação brasileira na COP precisa estar alinhada com a nossa realidade. É inadmissível que se ignore a força econômica, social e ambiental do tabaco para as regiões produtoras”, ressaltou o dirigente.
Atuação institucional e articulação política
Além da participação na audiência, Becker esteve em Curitiba, onde se reuniu com parlamentares na Assembleia Legislativa do Paraná como parte da mobilização da entidade para a COP-11. A ação integra a estratégia da Amprotabaco de fortalecer a representação dos municípios produtores em nível nacional e articular apoio político à defesa da cadeia produtiva.
Segundo o presidente, a intenção é garantir que os municípios produtores sejam ouvidos nos espaços de decisão e que a atuação da entidade continue sendo firme em defesa dos interesses do setor. “É necessário que se demonstre a unidade e a coesão do setor, para que o governo federal entenda a importância da cadeia produtiva do tabaco para o desenvolvimento dos mais de 500 municípios produtores no Sul do Brasil”, concluiu Becker.


