Um momento para refletir sobre a inserção da mulher negra no mercado de trabalho. Esta foi a temática do Seminário Vozes e Vivências, que ocorreu na manhã desta segunda-feira, 20, dentro da programação da Semana de Combate à Violência contra a Mulher.
Promovido pela Coordenadoria Municipal da Mulher, em parceria com o Escritório de Defesa dos Direitos da Mulher, dos conselhos municipais de Promoção da Igualdade Racial, e dos Direitos da Mulher, e do Movimento da Mulher Negra de Santa Cruz, no encontro foram socializados relatos sobre trajetórias de vida e de conquistas de espaços.
Graduada em administração, e atuando na área de tecnologia, a santa-cruzense Luana Hirsch, de 26 anos, falou de sua caminhada de formação e de busca de uma vaga no mercado de trabalho. “Passei por situações de rejeição por causa da minha cor de pele, nem por isso desisti. Foi difícil, mas superei e hoje atuo há um ano em uma empresa, além de continuar estudando e fazendo pós-graduação”, disse. Ela defendeu ainda que as empresas deveriam promover políticas afirmativas formalizadas, para que não fiquem só no discurso descomprometido.
A secretária de Desenvolvimento Social, Roberta Pereira, prestigiou a primeira ação da semana. “Quero parabenizar todas as mulheres envolvidas neste processo de busca de espaços na sociedade. Hoje é o Dia da Consciência Negra, e é muito oportuno que devemos debater e promover ações afirmativas, mostrando cases de sucesso, para que a mulher negra se sinta empoderada para também ocupar espaços de poder”, disse.
A Semana de Combate á Violência contra a Mulher terá sequência nesta terça-feira, 21, com uma palestra sobre atendimento pré-hospitalar para mulheres vítimas de violência doméstica.