Um estudo recente publicado no Jornal da Academia Americana de Dermatologia descreveu as alterações cutâneas em profissionais da saúde que atenderam nas emergências na epidemia causada pelo coronavírus, na China. O dado que chama a atenção é que 97% relataram alguma queixa cutânea. Os locais mais afetados foram dorso nasal, região malar, fronte e mãos (83,1%). Ressecamento (70.3%) e descamação (61.6%). Os achados foram mais frequentes em quem utilizava máscara por mais de 6 horas por dia. O uso de luvas e a frequência aumentada de lavagem estavam relacionados com as queixas nas mãos.
“Temos recebido mensagens de pacientes e profissionais da área da saúde com queixas de ressecamento nas mãos e nas áreas que entram em contato com a máscara. A orientação é que hidratantes sejam aplicados após cada higienização das mãos, seja com água e sabonete ou álcool gel. Preferencialmente hidratantes hipoalergênicos, sem fragrância (sem perfume) e que sejam mais cremosos”, afirma a diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS, dermatologista, Juliana Boza.
Da mesma maneira, o rosto precisa ser hidratado. O uso de hidratantes evita o ressecamento, ajuda na manutenção da barreira cutânea e reduz o surgimento ou agravamento das dermatites nestes locais.


