5ª fase do programa Energia Forte no Campo é lançada na Expointer

Por Jonathan da Silva

A 5ª fase do programa Energia Forte no Campo foi lançada nesta quarta-feira (3), na Casa do Sistema Ocergs, durante a Expointer, em Esteio. A iniciativa da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), em parceria com cooperativas de distribuição de energia, prevê investimento total de R$ 369,5 milhões em infraestrutura elétrica no meio rural, dos quais R$ 71,3 milhões são repasses do Governo do Estado. O objetivo, de acordo com o executivo estadual, é qualificar as redes de distribuição de energia e ampliar as condições de produtividade no campo.

Nesta nova etapa, a participação financeira do governo estadual passa de 20% para 35% do valor total de cada projeto. Além da substituição de redes monofásicas por trifásicas, mais potentes, o programa passará a incluir investimentos em subestações, uma demanda apresentada pelas cooperativas e agora contemplada pelo estado.

O presidente da Federação das Cooperativas de Energia do RS (Fecoergs) e da Certel, Erineo Henneman, destacou a importância da medida. “Não existe sala de ordenha robotizada ligada a rede monofásica. Quando se fala em irrigação, também temos de ter motores fortes, trifásicos. Da mesma forma, aviários. Então, essa é a grande alteração apoiada pelo programa. Também teremos condições de melhorar a retaguarda, ou seja, investir em subestações para atender essa demanda ampliada no meio rural”, afirmou Henneman.

Resultados desde 2020

Criado em 2020, o programa já contemplou 345 projetos, beneficiando 123 municípios. Foram qualificados 973 quilômetros de redes e mais de 12,4 mil unidades consumidoras passaram a contar com melhorias na distribuição de energia.

O governador Eduardo Leite (PSD) afirmou que o investimento marca um avanço para o setor rural. “Estamos dando um passo histórico para o desenvolvimento do campo gaúcho. O repasse de R$ 71,3 milhões, o maior já feito pelo Estado ao Programa Energia Forte no Campo, é um investimento no futuro das famílias que vivem e produzem no interior”, destacou o chefe do executivo estadual.

Relevância para o setor cooperativo

O presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann, ressaltou o papel estratégico do cooperativismo. “O cooperativismo tem essa visão de investir, gerar renda e desenvolver a comunidade. Isso nos posiciona como parceiros estratégicos para gerar crescimento econômico no meio rural. Certamente, esse investimento do programa Energia Forte no Campo retornará para o Estado em forma de arrecadação, porque fomenta a produtividade no campo”, pontuou Hartmann.

Atualmente, 15 cooperativas de distribuição de energia atuam em 369 municípios, alcançando 75% do território gaúcho e beneficiando mais de 1 milhão de pessoas. O setor reúne 347.163 cooperados e 2.177 empregados, com sede em cidades como Teutônia (Certel), Ibirubá (Coprel), Erechim (Creral), Ijuí (Ceriluz) e Santa Rosa (Cooperluz), entre outras.

Financiamento e próximos passos

Um edital da Sema definirá a seleção de novos projetos. Além disso, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) disponibilizará linhas de crédito especiais para ampliar o alcance da iniciativa.

Foto: Sistema Ocergs/Divulgação | Fonte: Assessoria
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