Temporada de Verão Canela movimenta cenário cultural

Por Eduarda Ferreira

A Temporada de Verão Canela está movimentando o cenário cultural com uma programação totalmente on-line. Assim, todas as terças e sextas-feiras, até 7 de março, ocorrem as apresentações online, sempre às 20h, no canal @canelapaixaonatural no YouTube. Para isso, os artistas locais foram contemplados pela Lei Aldir Blanc.

Todo o encantamento do teatro de bonecos foi apresentado na sexta-feira (22), por Gabriel Bassle Orlandi com o tema “Em Casacos Bonecos – CabiTudoNumaMala”. Conhecido no meio artístico como Gabe Felds, o jovem trabalha com essa expressão de arte desde os 12 anos, combinando duas profissões: a do teatro de bonecos com a de palhaço.

Sobre a sua participação na Temporada de Verão Canela, ele se diz feliz com a oportunidade. “Mesmo que a verba tenha sido algo que veio do governo federal, foi muito bacana o município ter incrementado com as exibições. Assim, espero que mesmo depois da pandemia continue promovendo esse tipo de incentivo, porque mesmo Canela sendo uma cidade cultural é bem difícil viver disso de forma original e criativa aqui”, resume.

Desde criança Daiene Cliquet está envolvida com diversas atividades voltadas as artes, bem como feiras de artesanato pelo Brasil. Assim, na Temporada de Verão Canela ela mostrou uma aula na qual aplica a técnica de pintura em tecido. “Não precisamos de muito investimento e o material para as aulas é de fácil acesso”, revela Daiene, que pretende iniciar aulas para crianças neste ano.

Outra atração da sexta-feira foi a Banda Teto Astral, formada em 2017 e integrada por Douglas Espich, Milton dos Santos, Guilherme Rockenbach, João Vinícius Lazaretti, Henrique Matheus, Cristiano Massena e Jonas Lazaretti. “A banda é de rock, mas estamos criando um projeto novo no qual vamos unir em uma mesma apresentação a música e um espetáculo que envolva cenografia e bonecos”, explica Douglas Espich.

Literatura e dança

Já na terça-feira (26), as apresentações foram de dança, com Márcio Cazara, e de literatura, com Leonardo de Abreu e Lisiane Berti. Trabalhando com teatro há mais de 25 anos, Lisi Berti mostra todo o seu talento em uma leitura dramatizada, gravada em sua casa durante a pandemia. Com isso, o texto chamado “Fábulas da Minha Vida” foi escrito em 2001 e faz parte do seu primeiro livro “Dona Gorda e Outras Peças”, lançado em 2013 e premiado como Melhor Texto e Melhor Espetáculo no Festival de Bonecos em 2001.

“A história tem tudo a ver com a pandemia, parece que ela foi escrita agora, pois fala da solidão, da liberdade e do sofrimento”, explica a atriz, que também é diretora, dramaturga e preparadora de elenco. “Gostaria muito que as pessoas assistissem e comentassem”, propõe. O vídeo foi editado por Gustavo Freitas e também está disponível no canal Lisi Berti no YouTube.

Sexta-feira terá mais três apresentações

Por fim, nesta sexta-feira, 29, será a vez de mais três artistas exibirem seus trabalhos no evento. Formada em pedagogia e pós-graduada em gestão educacional e dança, Melissa Rossi iniciou nessa arte aos sete anos e trabalha com crianças há 25. “Defendo que criança aprende brincando. Por isso, minhas aulas enfatizam o lúdico como forma de aprendizagem”, explica a bailarina, professora e coreógrafa.

Literatura

Maria Izabel Porazza Mendes apresentará em vídeo uma oficina de crônicas de memórias. “Essa é uma metodologia simples, porém muito eficaz, para que as pessoas consigam escrever suas memórias. Assim, se baseia na observação de uma foto antiga, retirada do seu álbum de família, na qual a pessoa considera o contexto que envolve aquela imagem e a partir daí escreve a sua crônica”, conta a professora, que leciona na Universidade de Caxias do Sul (UCS), na área de escrita criativa.

Artes Cênicas

Intitulado “Ginastando em casa”, o vídeo de Nicolas Rodrigues é relacionado ao ensino da ginástica artística para crianças. “As vídeo-aulas surgiram da necessidade que veio com a pandemia, de continuar levando e mantendo os trabalhos com as crianças de forma descontraída e lúdica para que elas pudessem seguir com as atividades físicas”, explica. A arte sempre esteve presente na vida de Nicolas, que atua desde os 12 anos e atualmente está com 29. Além da ginástica artística, sua carreira envolve circo, dança, graduação em educação física e pós-graduação em artes cênicas.

Foto: Eduardo Vieiro/Reprodução | Fonte: Assessoria
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