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Confiança do empresário do comércio gaúcho reage após três meses de queda

Por Jonathan da Silva
Por Jonathan da Silva

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio do Rio Grande do Sul (Icec-RS) registrou alta em outubro, após três meses consecutivos de queda, ao atingir 90 pontos, conforme dados divulgados pela Fecomércio-RS. O avanço, de acordo com a entidade, ocorreu devido à melhora simultânea dos três eixos que compõem o indicador, impulsionada pela sazonalidade e pelas expectativas de contratação e vendas de fim de ano.

O Índice de Condições Atuais (ICAEC) subiu 2,6% em outubro, alcançando 58,5 pontos. Apesar do crescimento, o nível permanece abaixo do registrado em outubro de 2024, com queda de 33,3% na comparação anual. Os dados mostram que 84,4% dos empresários percebem piora na economia e 76,6% avaliam o setor como desfavorável.

O Índice de Expectativas (IEEC) apresentou alta de 11% na margem, chegando a 109,9 pontos. Mesmo retornando à faixa de otimismo, o resultado ainda é 16% inferior ao de um ano antes. Os três subíndices que compõem o IEEC apresentaram melhora, embora as expectativas relacionadas à economia permaneçam abaixo de 100 pontos. A recuperação, segundo a Fecomércio-RS, ocorre após três meses de queda iniciados em julho de 2025.

Contratações impulsionam investimentos

O Índice de Investimentos (IIEC) avançou 4,2% em relação a setembro, atingindo 101,5 pontos. Em relação a outubro de 2024, entretanto, manteve retração de 1,9%. O resultado foi influenciado principalmente pelo aumento da intenção de contratar funcionários, movimento típico de preparação para o período de maior atividade no comércio. O subíndice de Contratação de Funcionários cresceu 10,7%, chegando a 117,7 pontos. Entre os entrevistados, 62,5% declararam intenção de ampliar o quadro em outubro, ante 54,8% no mês anterior.

Avaliação da Fecomércio-RS

O presidente da Fecomércio-RS/Sesc/Senac IFEP, Luiz Carlos Bohn, destacou que o cenário segue desafiador mesmo com a reação em outubro. “Apesar da melhora pontual em outubro, o nível de confiança do comércio gaúcho segue historicamente baixo. A recuperação recente está ligada sobretudo a fatores sazonais e à expectativa de aumento das vendas no fim do ano. O cenário de juros elevados, incerteza fiscal e desaceleração econômica continua limitando a confiança e mantendo os empresários em postura cautelosa quanto ao desdobramento do cenário”, afirmou Bohn.

Foto: RawPixel.com/Freepik/Reprodução | Fonte: Assessoria
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Variedades

Black Friday deve movimentar até R$ 4 bilhões no RS

Por Jonathan da Silva
Por Jonathan da Silva

As vendas de Black Friday podem movimentar até R$ 4 bilhões no comércio do Rio Grande do Sul de acordo com a Federação das Câmaras de Comércio e de Serviços do Estado (FCCS-RS). Conforme a entidade, o varejo gaúcho deve intensificar promoções em lojas físicas e no comércio online para o dia 28 de novembro. A data, já consolidada no calendário do setor, ocorre em todo o estado com estratégias de desconto e estímulo ao consumo, impulsionadas por fatores como bons índices de empregabilidade e o pagamento do 13º salário, que reforçam o movimento.

A FCCS-RS avalia que a Black Friday permite aos comerciantes elaborar ações voltadas à atração de clientes presenciais, além de reduzir estoques e ampliar o alcance das lojas. Segundo o presidente da entidade, Vitor Augusto Koch, a ocasião influencia diretamente os hábitos de compra. “Consolidada no calendário do comércio, a Black Friday está cada vez mais modificando o comportamento dos consumidores, que aproveitam essa ocasião para já comprar alguns presentes que serão entregues no Natal, por exemplo. Sendo assim, é um momento onde os lojistas podem construir relacionamentos duradouros com os clientes”, afirma Koch.

Preparação do setor

O presidente da FCCS-RS destaca que o preparo dos lojistas é decisivo para o desempenho nas vendas. “Estratégias de fidelização de clientes, atendimento personalizado, condições especiais de pagamento e uma divulgação eficaz são fatores fundamentais para se obter bons resultados na data”, avalia Koch. O dirigente também aponta a preferência crescente pelas lojas físicas, que oferecem contato direto com o produto. Para ele, manter compras nas lojas locais contribui para fortalecer a economia das cidades.

Estimativas e produtos mais procurados

A projeção de R$ 4 bilhões leva em conta o desempenho das vendas presenciais e digitais. Entre os itens que tradicionalmente lideram a procura, Koch cita eletrodomésticos, como TVs, refrigeradores, aparelhos de ar-condicionado e máquinas de lavar, além de eletrônicos como smartphones, notebooks e tablets. Outros segmentos em destaque incluem brinquedos, artigos de moda, beleza, roupas, calçados e vestuário em geral.

Foto: DC Studio/Freepik/Reprodução | Fonte: Assessoria
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Política

SindiTabaco questiona Conicq e pede diálogo na COP 11

Por Jonathan da Silva
Por Jonathan da Silva

Às vésperas da 11ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP 11), que ocorrerá de 17 a 22 de novembro, em Genebra, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) manifestou preocupação com o posicionamento da delegação brasileira e criticou declarações recentes da secretária-executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro (Conicq), Dra. Vera Luiza da Costa e Silva. A entidade afirma que há falta de transparência nas discussões e alerta para riscos à cadeia produtiva que envolve agricultores, municípios e indústrias do setor.

O presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing, afirmou que há um descompasso entre o discurso da Conicq e as propostas que o governo brasileiro prepara para apresentar na conferência. Segundo ele, as intenções de proteção aos produtores não correspondem ao conteúdo debatido internamente. “Se há um interesse real de proteção aos produtores, perguntaria à Dra. Vera por que no passado o Brasil já propôs reduzir área plantada e proibir assistência técnica, que nós sabemos que é o grande pilar que mantém o Brasil líder no mercado mundial de tabaco”, questionou o dirigente.

Thesing lembrou que, na COP 10, realizada no Panamá, a fala de abertura do Brasil sugeriu a substituição do tabaco, o que teria causado mal-estar político. “O que vemos é que a narrativa construída aqui no Brasil é uma, mas na prática as proposições levadas para as conferências impactam diretamente toda a cadeia produtiva. E é exatamente por isso que eles não permitem o acesso ao local do evento, nem mesmo como ouvintes”, afirmou o presidente da entidade.

Restrição de participação e diálogo limitado

O dirigente apontou que a justificativa para o banimento de representantes da indústria e de produtores nas conferências é baseada no Artigo 5.3 da Convenção-Quadro, que prevê a proteção das políticas públicas contra interferências de interesses comerciais. Para ele, essa interpretação tem restringido o diálogo democrático. “O Brasil, enquanto segundo maior produtor de tabaco global e maior exportador, deveria manter diálogo permanente com governos locais e entidades representativas dos produtores. Mas o que temos visto, COP após COP, são deputados e prefeitos de grandes municípios produtores e até mesmo a imprensa de áreas produtoras de tabaco, impedidas de acessar o local”, comentou Thesing.

O presidente da entidade destacou ainda que, em maio deste ano, representantes do setor se reuniram com o embaixador do Brasil em Genebra, que teria se comprometido a promover momentos de diálogo durante a COP 11. “Esperamos que ao menos esse compromisso seja cumprido”, afirmou o dirigente.

Questões ambientais e filtros de cigarro

O SindiTabaco também contestou a vinculação da pauta ambiental à discussão sobre filtros de cigarro. Segundo Thesing, o setor já cumpre rigorosamente a legislação ambiental brasileira, incluindo a logística reversa de resíduos. “Usar esse tema como argumento para proibição de filtros seria uma distorção e traria consequências graves. Retirar o filtro significaria entregar de vez ao mercado ilegal a produção de cigarros, uma vez que o crime organizado não deixaria de fabricá-los sem filtros”, avaliou o dirigente.

Impacto econômico e diversificação

A entidade reforçou que a diversificação das propriedades rurais é incentivada pela indústria desde 1985 e que o tabaco continua sendo uma cultura essencial para a renda das famílias rurais. De acordo com a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), na safra 2024/25 os produtores de tabaco geraram R$ 24,7 bilhões em produtos agropecuários, sendo 59% provenientes do tabaco e 41% de atividades diversificadas.

Ainda conforme a entidade, a renda de um hectare de tabaco equivale à de 7,85 hectares de soja, o que demonstra sua relevância econômica. “O tabaco garante renda, emprego e desenvolvimento a milhares de famílias. O que precisamos é de políticas públicas que reconheçam essa importância e que não prejudiquem os agricultores com decisões tomadas sem diálogo”, concluiu Thesing.

Foto: Felipe Krause/Pixel18dezoito/Divulgação | Fonte: Assessoria
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Variedades

SindiTabaco projeta estabilidade na demanda global por tabaco até 2057

Por Jonathan da Silva
Por Jonathan da Silva

Uma análise do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) aponta que, apesar da redução percentual de fumantes em relação à população mundial, o número absoluto de consumidores deve se manter estável nas próximas décadas. Com base em estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas (ONU), a projeção é de que em 2057 o planeta tenha cerca de 1,395 bilhão de fumantes, número semelhante ao atual.

De acordo com dados da OMS, em 2005 a população mundial era de aproximadamente 6,5 bilhões de pessoas, das quais 1,12 bilhão eram fumantes — o equivalente a 17,1%. Em 2025, a projeção é de que a população global alcance 8,2 bilhões, com 1,3 bilhão de fumantes, representando 15,9%. Apesar da queda proporcional, o total de consumidores continua praticamente estável, influenciado pelo crescimento populacional.

Com base nessa tendência, o SindiTabaco calculou cenários futuros. Se o percentual de fumantes permanecer em 15,9%, o total global poderá chegar a 1,431 bilhão em 2038, quando a população deve atingir 9 bilhões de pessoas, e a 1,59 bilhão em 2057, com 10 bilhões de habitantes. Em uma projeção mais conservadora, considerando uma queda gradual de 0,06 ponto percentual por ano, o índice de fumantes chegaria a 15,1% em 2038 e 13,95% em 2057, resultando em 1,395 bilhão de fumantes nesse último ano.

Análise do setor

O presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing, avalia que os dados indicam a continuidade do mercado global de tabaco nas próximas décadas. “A partir dessa estimativa, podemos perceber que a demanda pelo produto seguirá por muitos anos. E enquanto houver demanda, alguém vai produzir”, afirmou Thesing.

Protagonismo brasileiro

O SindiTabaco também destaca o papel do Brasil nesse cenário. O país abriga o maior polo de beneficiamento de tabaco do mundo, ao mesmo tempo em que é reconhecido pela adoção de medidas restritivas à cadeia produtiva. Segundo o sindicato, essa dualidade evidencia a importância de equilibrar políticas públicas de saúde e a sustentabilidade econômica de regiões produtoras.

Foto: Felipe Krause/Pixel18dezoito/Divulgação | Fonte: Assessoria
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Projetos especiais

Programa de educação financeira do Sicredi impacta mais de 3 mil estudantes em 2025

Por Jonathan da Silva
Por Jonathan da Silva

Mais de 3 mil estudantes foram beneficiados em 2025 pela Jornada da Educação Financeira nas Escolas, iniciativa promovida pela Sicredi Vale do Rio Pardo. O encerramento do ciclo anual do programa ocorreu na sexta-feira (7), na Associação Alliance One, em Vera Cruz, reunindo professores e gestores das escolas participantes. O evento marcou um momento de celebração, troca de experiências e reforço do compromisso com a formação cidadã das novas gerações.

Durante o encontro, os educadores participaram de momentos de conexão e confraternização. A analista de Cooperativismo e Sustentabilidade da Sicredi Vale do Rio Pardo, Daniela Ruppenthal Moura, destacou o aprendizado proporcionado ao longo do ano. “Foi um ano intenso de muitas aprendizagens. Conseguimos nos aproximar mais das escolas com as mostras pedagógicas acontecendo nas próprias instituições. Vivemos meses de descobertas, desafios e cooperação”, pontuou Daniela.

O evento também contou com palestra ministrada pela consultora empresarial Aline Kosak, do Sebrae-RS, intitulada “Cuidar de Si para Cuidar dos Outros: Inteligência Emocional para Educadores”. A programação incluiu ainda apresentação da Orquestra Escola Santa Cruz Filarmonia, com repertório de músicas populares brasileiras, e a entrega de ecobags confeccionadas por costureiras aprendizes do Projeto Regar, mantido pela Associação Grupo do Bem de Santa Cruz do Sul. As bolsas foram produzidas a partir de tecido de guarda-chuvas e sombrinhas reaproveitados, em uma ação que uniu sustentabilidade e solidariedade.

Educação financeira nas escolas

Criada em 2021 pela Sicredi Vale do Rio Pardo, a Jornada da Educação Financeira nas Escolas tem o objetivo de estimular alunos e professores a adotarem práticas conscientes relacionadas ao uso do dinheiro, sustentabilidade e meio ambiente — temas transversais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O programa é voltado a turmas do 1º ao 5º ano do ensino fundamental e utiliza metodologias adaptadas à realidade de cada comunidade escolar.

Em 2025, o projeto contou com a participação de 43 escolas, envolvendo mais de 250 professores em nove municípios da região. O presidente da Sicredi Vale do Rio Pardo, Heitor Álvaro Petry, ressaltou a importância da iniciativa. “A educação financeira é muito importante para o futuro dos jovens. As escolas e os professores como nossos parceiros reafirmam o acreditar no cooperativismo para transformar vidas. Estamos felizes em reconhecer tudo que já construímos juntos”, destacou Petry.

Projetos reconhecidos e premiados

Entre os resultados do ano, Daniela Ruppenthal Moura destacou o reconhecimento de projetos escolares em feiras e mostras científicas. O Colégio Estadual de Monte Alverne (CEMA), de Santa Cruz do Sul, teve iniciativas premiadas em diferentes eventos. Na Feira de Ciências – Inovação e Sustentabilidade 2025, da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), o projeto “Meu Bicho, Meu Custo: Cuidando do Bolso e do Planeta”, desenvolvido por alunos do 3º Ano, conquistou o 1º lugar na categoria Anos Iniciais (1º a 3º anos).

Outro destaque foi “Unindo Campo e Cidade: Um Modelo de Cidade Sustentável”, do 4º Ano, que recebeu Menção Honrosa na mesma feira. Já o projeto “Gerações, Grana e Gaita: Criando Caminhos para a Sustentabilidade Financeira”, elaborado por alunos do 5º Ano, ficou em 3º lugar na área de Ciências Humanas da 9ª Mostra Venâncio-airense de Cultura e Inovação (Movaci).

De acordo com a supervisora e vice-diretora do CEMA, Débora Vogt, a iniciativa contribuiu para a inovação pedagógica. “A Jornada da Educação Financeira ampliou as metodologias de iniciação científica pensando na Educação Financeira para além do dinheiro, mas em valores mais profundos relacionados à sustentabilidade no contexto local”, afirmou Débora.

Foto: Auêh! Filmes/Divulgação | Fonte: Assessoria
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Cidades

Gramado identifica R$ 7 milhões em ISS em aberto

Por Jonathan da Silva
Por Jonathan da Silva

A Secretaria da Fazenda de Gramado identificou que cerca de 680 empresas do município possuem pendências no pagamento do Imposto Sobre Serviços (ISS), somando aproximadamente R$ 7 milhões em inadimplência. O levantamento foi divulgado nesta semana e faz parte das ações de monitoramento e recuperação de receita previstas pela administração municipal, em preparação para a transição da Reforma Tributária, que terá início em 2026 e se estenderá até 2077.

De acordo com a Secretaria da Fazenda gramadense, a arrecadação do ISS será determinante para o cálculo da participação do município na distribuição de receitas dos novos tributos durante o período de transição. Por isso, a Prefeitura tem intensificado o acompanhamento e a cobrança de valores em aberto por meio do programa “Em dia com Gramado”. Empresas que não regularizarem a situação serão encaminhadas para protesto extrajudicial, o que aumentará o valor da dívida.

Pendências e riscos para empresas

Além das empresas do regime normal de tributação, outras 467 enquadradas no Simples Nacional também apresentam pendências de recolhimento. Caso não regularizem a situação, poderão ser excluídas do regime simplificado. A Secretaria reforça o pedido para que todos os contribuintes em atraso procurem o setor da Auditoria Tributária com brevidade, a fim de evitar sanções e custos adicionais.

Débitos de anos anteriores

A Fazenda Municipal também identificou mais de R$ 75 milhões em débitos referentes a exercícios anteriores, que podem ser quitados com descontos em multas e juros pelo programa “Em dia com Gramado”. O órgão alerta que a inadimplência poderá prejudicar a capacidade do município de manter o equilíbrio financeiro durante a implementação da Reforma Tributária, afetando a prestação de serviços públicos.

Como regularizar

Os contribuintes que desejam quitar suas pendências devem entrar em contato com o setor de Auditoria Tributária pelo telefone (54) 3286-0200, WhatsApp (54) 99900-0658 ou e-mail fiscaliss@gramado.rs.gov.br.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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Variedades

Intenção de Consumo das Famílias Gaúchas atinge menor nível histórico

Por Jonathan da Silva
Por Jonathan da Silva

A Intenção de Consumo das Famílias Gaúchas (ICF-RS) registrou queda pelo sétimo mês consecutivo e atingiu, em setembro, o menor patamar desde o início da série histórica, em 2010. O índice, calculado pela Fecomércio-RS com base em pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 49,0 pontos — redução de 3,7% em relação a agosto e de 20,9% frente ao mesmo período de 2024. Os levantamentos são realizados mensalmente em Porto Alegre, nos dez dias que antecedem o mês de referência.

De acordo com a entidade, o resultado reforça a tendência de enfraquecimento observada ao longo de 2025. O subíndice de Emprego Atual caiu 2,6% no mês, para 77,9 pontos, e 8,9% na comparação anual. Já a Situação de Renda Atual apresentou queda de 2,6%, chegando a 82,8 pontos — 4,2% abaixo do valor de setembro do ano anterior. Apesar do recuo, ambos permanecem como os componentes mais altos do índice geral.

A Perspectiva Profissional foi o item que mais retraiu, com baixa de 16,4%, alcançando 8,9 pontos — também o menor valor desde o início da série. Segundo a Fecomércio-RS, esse número deve ser interpretado com cautela, pois a ausência de expectativa de melhora pode refletir estabilidade, e não necessariamente deterioração das condições no mercado de trabalho gaúcho.

Consumo em queda

Entre os componentes ligados ao consumo, o cenário é ainda mais negativo. O Nível de Consumo Atual caiu 3,7% no mês, atingindo 37,7 pontos, com 71,4% das famílias afirmando estar comprando menos do que em 2024. O Momento para compra de bens duráveis apresentou queda de 19,8% em relação a agosto e de 74,2% na comparação interanual, chegando a apenas 6,1 pontos — menor marca desde 2010. Nessa categoria, 97% dos entrevistados consideraram ser um mau momento para adquirir esses produtos.

A Perspectiva de Consumo também diminuiu, registrando 53,5 pontos, retração de 1,7% frente ao mês anterior e de 28,3% em relação a setembro do ano passado. Além disso, o indicador de Acesso a Crédito recuou para 75,8 pontos, com queda de 3,9% na margem e de 31,3% na comparação anual, o que demonstra maior dificuldade das famílias em obter financiamentos e empréstimos.

Análise da Fecomércio-RS

O presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, avalia que o resultado reforça o pessimismo das famílias e aponta para uma economia menos aquecida. “O resultado de setembro renovou a mínima histórica do indicador e evidencia o elevado pessimismo das famílias, sobretudo no consumo de bens duráveis e nas perspectivas profissionais. Embora o mercado de trabalho siga sustentando a renda, o espaço para avanços adicionais é bastante limitado. Esse quadro se soma a um cenário de crédito mais caro e restrito, apesar de novas formas de acesso, como o Crédito Consignado do Trabalhador”, afirma Bohn.

Segundo o dirigente, o contexto de maior cautela do consumidor aumenta a necessidade de uma postura mais ativa das empresas para estimular as vendas e manter o dinamismo da economia gaúcha no segundo semestre de 2025.

Foto: Freepik/Reprodução | Fonte: Assessoria
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Política

Prefeitura de Novo Hamburgo prevê economia anual de R$ 2,7 milhões com novos contratos

Por Jonathan da Silva
Por Jonathan da Silva

A Prefeitura de Novo Hamburgo estima reduzir R$ 2,7 milhões por ano em gastos com serviços terceirizados após a conclusão de novas licitações em áreas como limpeza, recepção e teleatendimento. A projeção resulta de contratações com valores mais vantajosos, obtidas por meio de processos licitatórios recentes, sem comprometer a legalidade ou a qualidade dos serviços prestados à população.

Entre os contratos com maior impacto está o de limpeza e recepção no Centro Administrativo e em outros prédios municipais. O novo acordo representa uma economia mensal de R$ 139,4 mil, o que equivale a R$ 1,6 milhão ao ano em relação ao contrato anterior. Já no serviço de teleatendimento do Protocolo, a redução será de R$ 35,6 mil por mês, totalizando R$ 427,8 mil anuais.

O prefeito Gustavo Finck (PP) avaliou a importância da revisão de contratos para o uso responsável dos recursos públicos. “A boa gestão dos contratos públicos é uma das formas mais diretas de garantir que o dinheiro do cidadão seja bem aplicado. A economia obtida com esses contratos demonstra que é possível fazer mais com responsabilidade, maior eficiência e transparência”, afirmou o chefe do executivo de Novo Hamburgo.

Economia também na saúde e telefonia

A contratação de nova empresa para o serviço de recepcionistas da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) resultará em economia anual de R$ 261,8 mil. Outro corte significativo ocorreu no contrato emergencial da Central Telefônica, que proporcionará redução de R$ 407,2 mil por ano.

Foco em novas licitações

A secretária municipal de Gestão, Governança e Desburocratização de Novo Hamburgo, Andrea Schneider Pascoal, ressaltou que todos os processos seguem rigorosa avaliação técnica, jurídica e documental antes da assinatura dos contratos. Para o dia 24 de outubro, está previsto o pregão voltado à contratação de operadoras de teleatendimento e recepcionistas da Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação (SMDSH), que poderá ampliar ainda mais o valor total economizado.

Foto: Ramon Belmonte/PMNH/Divulgação | Fonte: Assessoria
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Política

Prefeitura de Novo Hamburgo projeta déficit de R$ 165,9 milhões no orçamento de 2026

Por Jonathan da Silva
Por Jonathan da Silva

A Prefeitura de Novo Hamburgo prevê um déficit de R$ 165,9 milhões no orçamento municipal para 2026, conforme estudo apresentado nesta terça-feira (21) durante a audiência pública da Lei Orçamentária Anual (LOA). O encontro, realizado no auditório do Centro Administrativo Leopoldo Petry e promovido pela Secretaria Municipal da Fazenda (SMF), mostrou que a receita estimada para o próximo exercício é de R$ 2,07 bilhões, enquanto as despesas projetadas somam R$ 2,24 bilhões. De acordo com o governo hamburguense, o cenário indica a necessidade de manter o equilíbrio fiscal diante da desaceleração da arrecadação e do aumento das despesas estruturais.

A secretária municipal da Fazenda de Novo Hamburgo, Michele Antonello, afirmou que a projeção foi elaborada com base em um planejamento realista, sem superestimar receitas. Segundo a titular da pasta, a administração vem adotando medidas para conter despesas e otimizar a arrecadação sem recorrer ao aumento de impostos. “Estamos alinhando o planejamento à realidade. É um processo que exige ajustes e responsabilidade, mas que garante transparência e sustentabilidade para o futuro das contas públicas”, destacou Michele.

Entre as ações destacadas pela secretária estão a revisão de contratos, o fortalecimento da cobrança de créditos pendentes e o aprimoramento da gestão tributária. O evento contou com a presença de secretários municipais, vereadores, assessores parlamentares e servidores técnicos.

Responsabilidade fiscal

Durante a audiência, a secretária Michele afirmou que a administração segue os princípios da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Lei nº 4.320, que estabelecem as normas de planejamento e execução orçamentária. “A situação financeira é desafiadora, e vamos trabalhar muito para equalizar os déficits. O importante é manter o foco na gestão eficiente e no cumprimento das obrigações do município”, pontuou a titular da pasta.

A Lei Orçamentária Anual define as metas e prioridades para o exercício de 2026 e está integrada ao Plano Plurianual (PPA) e à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Após a audiência pública, a proposta será encaminhada à Câmara de Vereadores para apreciação e votação.

Foto: Jaime Freitas/PMNH/Divulgação | Fonte: Assessoria
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Business

Feira das Farmácias Associadas projeta R$ 120 milhões em negócios em Gramado

Por Jonathan da Silva
Por Jonathan da Silva

A 18ª Feira de Negócios da Rede de Farmácias Associadas está movimentou a economia e o turismo de Gramado durante a semana passada. Realizado no Serra Park até domingo (19), o evento reuniu centenas de empreendedores do setor farmacêutico, fornecedores, representantes da indústria e profissionais de diversos estados brasileiros. A expectativa é de que tenham sido gerados R$ 120 milhões em negócios ao longo da programação, representando um crescimento de 10% em relação ao ano anterior.

Com mais de 1.100 quartos ocupados em 16 hotéis da cidade, a feira buscou reforçar o potencial de Gramado como destino de grandes eventos corporativos. Além dos negócios, o encontro promoveu integração entre os participantes e fortalecimento do associativismo no varejo farmacêutico. “A feira é muito mais do que uma oportunidade comercial. É um momento de integração entre os associados, de troca de conhecimento e de valorização do relacionamento humano que sustenta o modelo associativista. E isso, naturalmente, tem um reflexo positivo também no turismo e na economia local”, destacou o presidente da Rede de Farmácias Associadas, Ben Hur Jesus de Oliveira.

Empreendedores de várias regiões participam do evento

O encontro reuniu empresários de diferentes partes do país, como Leandro Carneiro Lobo, do norte do Paraná, que participa pela segunda vez. O empreendedor, que está abrindo sua quarta farmácia após oito meses na rede, planeja aproveitar as condições comerciais oferecidas pela indústria e também o turismo local. “Estive em Gramado em 2017 e agora voltei com meu sócio e minha filha de 10 anos. Além dos negócios, pretendo aproveitar para conhecer um pouco mais da região”, comentou Carneiro Lobo.

De Goiás, o empresário Artur Melo Fernandes participa pela primeira vez da feira e também visita Gramado pela primeira vez. “Encontramos preços realmente diferenciados. Vamos levar novos produtos e boas condições, especialmente para a Black Friday. Assim que finalizarmos os pedidos, queremos conhecer Gramado e Canela, que têm muitos atrativos para quem vem de fora”, afirmou Melo Fernandes.

Polo de negócios

A programação da feira contou com rodadas comerciais, palestras, ações de bem-estar e espaços de convivência para os participantes e suas famílias, unindo turismo e capacitação. “Trazer um evento desse porte para Gramado é unir o útil ao agradável. Os participantes fazem negócios durante o dia e, ao mesmo tempo, vivenciam a experiência turística da cidade”, concluiu o presidente Ben Hur Jesus de Oliveira.

Foto: Vicente Carcunhinski/Ph7 filmes/Divulgação | Fonte: Assessoria
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