Sociedade de Oftalmologia alerta sobre o uso de lentes de contato no verão

Por Eduarda Ferreira

A Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Sul (Sorigs) faz um alerta sobre os riscos para a saúde ocular do uso das lentes de contato em piscinas e praias no verão. Conforme a entidade, a exposição a esses ambientes aumenta a vulnerabilidade em relação a doenças oculares graves que podem gerar problemas irreversíveis para a visão.

Dessa forma, a vice-presidente da Sorigs, Márcia Ruaro, explica que nesta época grande parte das pessoas substitui os óculos pelas lentes. Entretanto, ela alerta que é preciso ter um cuidado maior durante o banho de piscina. “A água da piscina, por exemplo, pode produzir um efeito irritativo com ou sem lentes de contato, mas todo o processo inflamatório na conjuntiva é potencializado pela presença da lente de contato. Por isso os usuários devem suspender o uso no primeiro sinal de irritação ocular”, enfatiza Márcia. “Além disso, em situação de vermelhidão, dor, secreção ou desconforto à presença de luz, é necessário a busca imediata por um médico oftalmologista”, acrescenta.

Um dos processos infecciosos recorrentes nessas situações são as úlceras de córnea, que precisam ser tratadas em tempo hábil para que não levem a complicações mais graves. Assim também, a conjuntivite tem um risco aumentado, em especial em piscinas, porque alguns micro-organismos tem preferência por esse ambiente.

Além disso, a Sorigs lembra que o uso da lente de contato sempre traz algum prejuízo para a córnea, entretanto, o médico oftalmologista, único profissional que pode indicar o tipo de lente que cada paciente deve usar, tem a missão de fazer com que isso seja tolerado pelo organismo. No Brasil é proibido por lei que a lente seja adaptada por outro profissional. “O médico planeja a lente mais adequada para o tipo de olho. Assim, cabe a ele orientar quanto a quantidade de horas a ser utilizada e como deve ser feito o descarte das mesmas”, esclarece Marcia. “O uso das lentes ao dormir pode ampliar em 15 vezes o risco de infecção, assim como a sua limpeza de forma inadequada em água corrente. Todas essas recomendações são passadas pelo Oftalmologia ao paciente”, finaliza.

Foto: Reprodução | Fonte: Assessoria
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