SindiTabaco destaca pioneirismo da indústria no Contexto ESG

Por Marina Klein Telles

O evento Contexto ESG, realizado na manhã de quarta-feira, 25 de setembro, no Clube de Leituras, em Venâncio Aires (RS), reuniu empresários, representantes de instituições, estudantes e profissionais da área para debater e trocar experiências sobre as práticas de ESG — sigla para Ambiental, Social e Governança.

A programação foi organizada pela Bem Responsabilidade Social e Sustentabilidade, com apoio da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Venâncio Aires (Caciva). O objetivo foi trazer informações e apresentar iniciativas práticas para que empresas e instituições compreendam como aplicar o conceito de ESG no dia a dia.

A abertura foi conduzida pela gestora da Bem, Lídia Schwantes, que destacou a importância da pauta para a construção de empresas mais conscientes e conectadas com as transformações sociais e ambientais. Romeo Balzan, superintendente de Cooperativismo da Fundação Sicredi, palestrou sobre Cooperativismo e ESG: atitudes que inspiram e transformam”.

Durante o evento, foram apresentados cases de ações relacionadas ao tema, sendo três deles de associadas ao SindiTabaco: CTA, China Brasil e Alliance One. A programação encerrou com a participação do SindiTabaco, da Fruki Bebidas e da Madeireira Haas no painel que debateu o “ESG aplicado às organizações”.

A vice-presidente de Responsabilidade Social do SindiTabaco, Cristina Quatke, destacou o compromisso histórico do segmento com práticas sustentáveis. Segundo ela, o setor é pioneiro em diversas ações alinhadas ao ESG, muitas das quais implementadas antes mesmo da existência de legislações específicas.

No pilar ambiental, foram destacadas iniciativas como o incentivo a boas práticas agrícolas, reflorestamento para uso sustentável de lenha, uso responsável de defensivos agrícolas e o Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos, uma ação de logística reversa implantada antes mesmo da obrigatoriedade legal.

Na dimensão social, Cristina ressaltou os programas de proteção à infância e adolescência, como a criação do Instituto Crescer Legal, que atua na formação de jovens rurais por meio da Lei da Aprendizagem. Também foram abordadas ações de saúde e segurança do produtor, incentivo à diversificação de renda nas propriedades e promoção do trabalho decente no meio rural.

No eixo de governança, o setor se destaca por sua participação ativa em fóruns regulatórios, práticas de compliance, certificações, auditorias independentes e a constante comunicação transparente por meio de relatórios e publicações institucionais.

Sistema Integrado como diferencial estratégico

Cristina enfatizou ainda o papel estratégico do Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT), modelo adotado pelo setor, que permite a assistência técnica gratuita aos produtores rurais. Essa prática assegura que as diretrizes ESG sejam efetivamente implementadas nas propriedades, muitas delas familiares e de pequeno porte. “A assistência técnica oferecida pelas empresas garante que os compromissos ESG se traduzam em resultados concretos e sustentáveis, seja na preservação do meio ambiente, seja na promoção do trabalho seguro e digno no campo”, destacou.

ESG como fator de competitividade internacional

Cristina também lembrou que o Brasil é líder mundial em exportação de tabaco e que o cumprimento de práticas ESG é cada vez mais exigido pelos clientes. Segundo ela, a ausência dessas práticas pode acarretar barreiras comerciais, dificuldades de acesso a crédito e perda de certificações. “Empresas alinhadas ao ESG estão mais preparadas para enfrentar riscos, atender legislações e gerar valor de forma mais sustentável. No nosso setor, isso se traduz em competitividade, credibilidade e responsabilidade com a sociedade e o meio ambiente”, concluiu.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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