Em 2021 o setor de materiais de construção mais uma vez mostrou grande resiliência, se destacando perante grande parte dos setores do mercado, conforme dados divulgados no PMC (Pesquisa Mensal do Comercio/IBGE) em novembro de 2021, o varejo de materiais de construção quando comparado imediatamente aos 12 últimos meses, demonstra um aumento nas vendas de 12%.
Com isso o setor fica na quarta posição entre as atividades do varejo ampliado que mais crescem, estando atrás do segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos que cresceu 12,5%, setor de veículos, motocicletas, partes e peças com alta de 14,8% e de outros artigos de uso pessoal e doméstico que cresceu 18,5%.
Destaque no setor de materiais de construções foi a Federação Brasileira de Redes Associativistas de Materiais de Construção (Febramat), segundo explica João Oliveira de Lima, Gerente Executivo (CEO) da entidade. Ele explica que a Febramat tem como métrica a relação de sell-in que é feita através da leitura das compras das lojas das Redes associadas e diante destes dados, pode-se afirmar: “A partir dessa nossa análise percebemos alta no volume de compras em 36,6% no ano de 2021 e registramos um recorde de volume de compras no final do ano, quando as redes compraram juntas mais de R$ 2,8 bilhões, superando assim em muito todo o volume de compras realizados no ano anterior 2020”, explica João Oliveira.
Para os resultados de compras das redes no ano de 2021 e, em comparativo no ano anterior, as redes registraram os seguintes resultados:
1º trimestre +40,03% (R$366,6 milhões 2020 / R$514,7 milhões 2021)
2º trimestre +64,08% (R$785,4 milhões 2020 / R$1,4 bilhões 2021)
3º trimestre +36,65% (R$1,3 bilhões 2020 / R$2,1 bilhões 2021)
4º trimestre +19,32% (R$ 2,0 bilhões 2020 / R$ 2,8 bilhões 2021)]
Perspectivas do mercado
Em relação às perspectivas do varejo de materiais de construções para 2022, o CEO da Febramat analisa que haverá complexidades, sendo que o mercado financeiro elevou de 3,70% para 3,78% a estimativa de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.
“Considerando esse panorama, o varejo de materiais de construções poderá ter impactos importantes principalmente frente a um ano de eleições nacionais, onde a economia deve conhecer as propostas dos pacotes econômicos que poderão impulsionar o segmento. Ainda assim, estatisticamente considerando, podemos ver um crescimento de 2022 em mais 3% frente ao ano de 2021, podendo chegar perto das expectativas de resultados previstos aos do cenário pré-pandêmico”, analisa João Oliveira de Lima.