RS deve encerrar o ano com menor taxa de homicídios da década

Por Gabrielle Pacheco

O ano de 2019 deve encerrar com os menores índices de criminalidade dos últimos 10 anos nos principais indicadores acompanhados pela Secretaria da Segurança Pública. No número de vítimas de homicídios – considerado em todo o mundo como o fator mais importante no monitoramento da violência – a intensificação das quedas mês a mês aponta para a consolidação da menor taxa de assassinatos por 100 mil habitantes no Estado desde 2010. Caso dezembro mantenha a média dos 11 meses anteriores, de 146,9 vítimas de homicídio, é possível projetar que o ano terminará com 1.763 mortes.

Levando em conta a mais recente estimativa de população para o estado segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, de 11,37 milhões de habitantes, o Rio Grande do Sul terá uma taxa de 15,5 vítimas de assassinato a cada 100 mil – cinco pontos a menos do que no ano passado, quando ficou em 20,5, considerando as 2.326 mortes e população semelhante. A menor taxa anterior (16,8) é de 10 anos atrás, quando o Estado teve 1.801 mortes por homicídio para uma população de 10,69 milhões de habitantes.

A retração expressiva reflete o aprofundamento das sucessivas quedas no indicador. Entre janeiro e novembro, o número de vítimas de assassinato no RS chegou a 1.616, numa redução de 26,2% em relação às 2.191 no mesmo período do ano passado, o que representa a preservação de 575 vidas. Comparando apenas o 11º mês, o percentual de redução é ainda maior, de 34,7%, com o número de vítimas de homicídio passando de 193 para 126. O cenário de retratação observado no estado como um todo se expressa com ainda mais força em sua maior cidade.

Em Porto Alegre, o acumulado de vítimas de homicídio desde janeiro foi de 279, queda de 44% frente às 498 registradas em igual intervalo do ano anterior. Considerando apenas novembro, o número caiu de 29, em 2018, para 18, no mês passado. Na raiz dessas diminuições, está a estratégia de foco territorial para combater o crime onde ele mais ocorre.

A partir do estudo que identificou os 18 municípios onde se concentravam a maior parcela das ocorrências – Porto Alegre incluída –, o programa RS Seguro implantou a Gestão de Estatística em Segurança (GeSeg), ciclo mensal de avaliação e planejamento integrado, na qual mais de cem autoridades desse grupo de cidades direcionam esforços para ações com repercussão no quadro geral. O resultado se mostra no fato de que das 575 vidas poupadas entre janeiro e novembro na comparação com igual intervalo do ano passado, 498 são de assassinatos que deixaram de ocorrer nos 18 municípios priorizados pelo RS Seguro.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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